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Saúde da mulher: fase a fase e cuidados essenciais

 

​​No Mês da Mulher, além das comemorações, devemos dar prioridade às políticas de defesa da vida da mulher, e uma delas é o cuidado com a saúde feminina. 

A natureza feminina se manifesta de diferentes maneiras ao longo da vida. O corpo da mulher passa por transformações estruturais e alterações intensas em diferentes idades. Da puberdade à velhice, atravessando a gravidez, os ciclos menstruais mensais e a menopausa, a saúde da mulher deve atender às especificidades de todos esses momentos. Cada uma dessas fases exige um cuidado diferente, e a orientação profissional é uma aliada do bem-estar delas. 

Para trazer mais informações sobre o assunto, conversamos com a Dra. Danielle Imperador, médica ginecologista especialista em saúde da mulher e cirurgia ginecológica do Hospital 9 de Julho. Vamos conhecer uma a uma essas etapas e as recomendações sobre elas. 

De repente, mulher! 

Em torno dos 10 anos, o corpo feminino passa por profundas mudanças físicas, psicológicas e hormonais. São manifestações dessas mudanças o crescimento das mamas, alargamento do quadril e surgimento de pelos pubianos, entre outras transformações. Isso acontece porque o corpo está produzindo a menarca, a primeira menstruação, dando início à puberdade. Nesse período, um trabalho conjunto entre os responsáveis e um profissional da ginecologia tem o propósito de levar todo o conhecimento necessário para a menina. 

Trata-se de um momento em que as meninas estão cheias de dúvidas e expectativas quanto à menstruação. Um misto de emoções que envolve autocuidado, autoproteção e controle da vida sexual. Sendo assim, a educação sexual constitui uma importante ferramenta de prevenção da saúde feminina. Por isso, o ideal é que esse processo comece antes mesmo da menarca, já que é uma forma de facilitar o aprendizado sobre higiene pessoal e romper com os estigmas em relação aos ciclos menstruais. Afinal, a menstruação tem efeito direto sobre a saúde feminina e se repete ciclicamente durante quase toda a vida. 

“O início dos ciclos menstruais é uma fase difícil para as meninas, sobretudo quando acontece em idades mais precoces. Sendo assim, a principal atitude é estimular a educação menstrual. A adolescente deve entender por que ela acontece e os métodos de higiene durante o ciclo para que a menstruação seja algo natural e sem tabus", comenta a Dra. Danielle Imperador. 

Durante a adolescência, ela costuma não ser regular, podendo ser intensa e gerar cólicas menstruais bem incômodas. Logo, o acompanhamento médico tem o papel de orientar a jovem mulher sobre o próprio corpo e estimular práticas de autocuidado 

Mulheres jovens e adultas  

O período que compreende dos 20 aos 40 anos é, normalmente, a fase em que a mulher vivencia grande parte de sua maturidade. Não apenas sobre os aprendizados subjetivos da vida, como também uma maturidade corpórea. Essa fase constitui o período fértil da vida feminina – é quando as mulheres desfrutam de vida sexual ativa e regular, podem experimentar a maternidade, mas também desenvolver as doenças mais comuns a elas. Portanto, ao longo desses 20 anos, o acompanhamento médico como recurso preventivo é essencial. Visitas periódicas ao ginecologista e a especialidades de cuidado à mulher devem ser realizadas ao menos uma vez ao ano e atendem às orientações preventivas. 

A reprodução feminina e o tempo 

É muito comum as pessoas falarem sobre o “relógio biológico" da mulher. Esse termo diz respeito à capacidade reprodutiva de seu sistema, que tem início na primeira menstruação e segue até a menopausa. Entretanto, uma gravidez em diferentes momentos desse período vai exigir atenção adequada à maturidade do corpo feminino. Uma gravidez antes dos 15 anos é considerada precoce e a atuação médica tem o intuito de preparar o corpo para enfrentar as condições da gestação. Da mesma forma, gestar depois dos 35 anos é considerado tardio e pode esbarrar nas limitações do próprio corpo. Ao longo dos anos, o ovário reduz a produção de óvulos férteis e, além de provocar dificuldade de fecundação, a gestação do bebê também requer cuidados especiais. Essas gestações costumam ser ainda mais monitoradas, a fim de averiguar o desenvolvimento do bebê e a possibilidade de algumas patologias resultantes do quadro tardio. 

É importante ressaltar que a gravidez, em qualquer momento da vida da mulher, deverá ser acompanhada por uma equipe especializada. Isso é necessário para a realização dos exames de pré-natal e do atendimento gestacional. 

Menopausa 

Assim como a menarca marca o início de um ciclo, a menopausa significa o encerramento dele. É justamente quando o corpo encerra a produção dos hormônios femininos estrogênio e progesterona. Ela costuma ocorrer, em média, entre os 48 e 51 anos. Igual à primeira menstruação, o processo da menopausa começa muito tempo antes de findar o ciclo menstrual. A mulher passa um período – de três a cinco anos – convivendo com sintomas da menopausa. Eles vão da irregularidade dos ciclos menstruais – até que acabem por completo – às ondas de calor, à redução da libido, à sudorese noturna, às mudanças de humor e  ao ganho de peso, entre outros. 

A Dra. Danielle Imperador ressalta que todas as fases do ciclo de vida da mulher merecem atenção, pois apresentam particularidades em cada período. Entretanto, o climatério, ciclo que antecede a menopausa, e a menopausa, são momentos em que ocorrem mudanças metabólicas e hormonais que favorecem o surgimento de neoplasias e doenças metabólicas, como o diabetes, a hipertensão arterial e as doenças cardíacas. 

Maturidade plena 

Por fim, depois da menopausa, o corpo da mulher vivencia um novo momento. É evidente que ela perde sua capacidade reprodutiva e precisa se adaptar a um fluxo hormonal bem diferente. No entanto, ela também deixa de se preocupar com questões reprodutivas e seu corpo passa a experimentar outra maturidade. 

Nesse período, a atenção com a saúde deve não só continuar como leva em consideração o envelhecimento iminente do corpo. O rastreio frequente de doenças como câncer de mama, câncer de colo de útero e outras patologias passa a ser comum. Portanto, manter hábitos saudáveis, atividades físicas regulares e alimentação correta é a receita perfeita para se ter qualidade de vida na terceira idade. 

Aproveite o Mês da Mulher e não se esqueça: o melhor remédio para a saúde é sempre a prevenção. 

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