Você já ouviu falar do coletor menstrual? Apesar de ter chegado muito recentemente ao mercado brasileiro, ele existe há quase 80 anos. Este recipiente, que é inserido na vagina para coletar o sangue da menstruação, possui a forma de copo e é feito de silicone maleável não alergênico.
Ele substitui os absorventes internos e externos e sua capacidade é maior que a dos absorventes internos.
O uso do recipiente é uma ótima oportunidade para a mulher ter mais intimidade com o seu próprio corpo.
Quem pode usar?
O coletor pode ser utilizado por qualquer mulher, desde que já tenha tido relação sexual. Antes de usar, ela precisa ser orientada sobre a forma correta de manusear, a higienização, fundamental no momento de introdução e retirada.
O uso desse recipiente é, inclusive, uma ótima oportunidade para a mulher ou a adolescente conhecer e ter mais intimidade com o seu próprio corpo. Mas atenção: não é possível usar o coletor em pacientes virgens ou que não consigam ou tenham problema de se auto examinar.
Cuidados necessários
Não é recomendado o uso em pacientes com corrimento vaginal ou infecções ginecológicas, por risco de progressão da infecção da vagina para o útero, trompas e cavidade abdominal. Para evitar isso, é importante que a mulher lave bem as mãos antes de manipular o coletor. Ele em si não causa infecções, mas pode piorar as já existentes.
Outro fator importante para evitar infecções é a limpeza do recipiente. É possível, sim, dormir com o coletor, mas ele deve ser limpo a cada 4 a 8 horas, não excedendo 12 horas. Após o período de adaptação, a paciente consegue fazer a remoção e a limpeza, conforme o fluxo e suas atividades.
Como usar?
Para colocar, basta dobrar a borda e introduzir na vagina em direção ao ânus, isto forma um vácuo que ajuda na fixação e vedação sobre o colo do útero. A paciente deve procurar uma posição adequada para deixar este procedimento mais confortável. Estas são algumas opções:
No início, oriento as pacientes a usar um pouco de lubrificante a base de água. É indicado que a mulher sinta toda a borda do coletor com o dedo após ele ser inserido na vagina, e com uma leve rotação e tração, ele vai se posicionar adequadamente.
A paciente pode cortar a ponta excedente do coletor, se necessário. Com o passar do tempo, a colocação fica quase que automática. Quando colocado corretamente, a mulher não sente o coletor e ele não incomoda, mesmo nas atividades físicas e na piscina.
Cuidados ao retirar
Para retirar, basta puxar e comprimir, para remover o vácuo, e fazer um pouco de força como se fosse urinar ou evacuar, relaxando o períneo. A retirada pode ser feita na hora do banho, quando a paciente pode aproveitar o momento para lavar o coletor com água e sabão neutro. Com a prática, quando se retira o coletor, o sangue acumulado não cai e não escorre.
O uso concomitante com DIU teoricamente não causa problema, mas vale lembrar que um a cada 20 DIUs colocados é expulso nos primeiros três meses e, na maioria das vezes, durante a menstruação. Por isso, é importante que o médico avalie e, após cada ciclo, a paciente se auto examine para sentir se os fios do DIU estão no local.
E lembre-se: o ideal é consultar seu ginecologista antes de adotar essa opção, para uma orientação mais detalhada e acertada.
Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430
