Uma das doenças inflamatórias intestinais que atinge o trato digestivo é a Doença de Crohn. Esta doença atinge desde a boca, o esôfago e estômago até o intestino e o ânus. Normalmente nosso sistema de defesa mata germes e células "más" (como cânceres), enquanto os portadores de Doença de Crohn são geneticamente predispostos a uma desordem do sistema imunológico, resultando no ataque de células sadias do sistema digestivo, causando inflamação, úlceras, sangramento e dificuldade na absorção dos alimentos. "A pessoa pode se sentir cansada, apresentar febre, aftas, manchas na pele, dores nas articulações e olho vermelho", afirma o Dr. Mateus Azevedo, gastroenterologista e coordenador do Centro de Doença Inflamatória Intestinal (CDII).
Como se faz o diagnóstico da doença?
Existem diversas formas, dependendo dos sintomas e da avaliação do médico. Em geral se utilizam exames de endoscopia digestiva alta e colonoscopia, que permitem que o médico enxergue as áreas doentes e colha biópsias. "Além disso utilizamos tomografia ou ressonância magnética do abdome, caso necessário", afirma o Dr. Azevedo.
Como a doença é tratada?
Existem diversos medicamentos utilizados no tratamento, a maioria para reduzir a inflamação e a resposta imunológica do corpo de alguma forma. Alguns deles são utilizados quando os sintomas estão mais intensos e, outros, por tempo indeterminado para impedir que a doença volte e esteja controlada. Algumas vezes também são necessários antibióticos.
Há casos em que a pessoa precisa de medicamentos imunobiológicos, que são aplicados em forma de injeções com intervalos regulares. "Seu médico pode precisar tentar tipos diferentes até encontrar aquele que funciona melhor para você", afirma o médico.
Em alguns casos a cirurgia pode ser necessária, especialmente quando os medicamentos não estão sendo suficientes para controlar os sintomas ou caso haja já alguma complicação. "As mais comuns envolvem retirada de partes doentes do intestino".
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