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Você sabe a diferença entre Hepatite A, B e C ?

Leia mais e tenha informações seguras sobre saúde.

​​As hepatites são doenças virais que podem levar a complicações sérias. Essas doenças acometem o fígado e geram inflamação no órgão. "As diferenças entre as doenças são a forma de transmissão, a benignidade e a gravidade", afirma a Dra. Sumire Sakabe, infectologista e diretora técnica do Hospital 9 de Julho.  

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 325 milhões de pessoas em todo o mundo estão vivendo com infecção crônica por hepatite B e C. Em 2015, 1,34 milhão de mortes foram causadas por hepatite viral, número comparável às mortes por tuberculose e HIV.

Quando não diagnosticadas a tempo, ou não tratadas adequadamente, as hepatites virais podem evoluir para uma cirrose hepática, aumentando também o risco de câncer de fígado.


​​Hepatite A

É considerada a mais branda e que pode ter evolução benigna. Há a possibilidade de evoluir para hepatite fulminante, podendo levar a um transplante de fígado ou a óbito. Sua transmissão se dá por via oral ou fecal. "É a chamada hepatite da água e pode ter seu contágio na água contaminada, nas folhas mau lavadas e em alimentos crus", afirma a Dra. Sumire. Atualmente alguns casos foram atribuídos a contaminação pela prática de sexo oral sem proteção.  Existe vacina disponível na rede privada.

​​Hepatite B

No Brasil, estima-se que 15% da população já foi contaminada e 1% é portadora crônica da doença. Pode ser transmitida por relações sexuais, transfusões de sangue ou contato com instrumentos perfurocortantes contaminado com sangue, como agulhas e seringas, alicates de unha, agulhas de tatuagem não descartáveis etc. A boa notícia é que existe vacina disponível nos postos de saúde.

​​Hepatite C

É considerada a mais grave de todas. Segundo um fundo da Organização Mundial das Nações Unidas cerca de 500 milhões de pessoas no mundo estão infectadas, mas apenas 5% delas sabem que tem a doença. No Brasil, existem cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C, doença responsável por 70% das hepatites crônicas e 40% dos casos de cirrose, segundo o Ministério da Saúde. Não existe vacina disponível para hepatite C, mas ao ser descoberta existe a possibilidade de tratamento.

Diagnóstico

Não são raros os casos de pessoas que sofrem por anos de hepatite sem saber da doença. O diagnóstico pode acontecer incidentalmente, em um check-up médico ou durante o processo de doação de sangue.

Por isso é importante o diagnóstico precoce.​

​Sintomas

De acordo com a Dra. Sumire, é preciso ficar atento quando um ou mais desses sintomas aparecem associados:

  •  Febre alta;

  •  Náuseas;

  • Dores articulares;

  • Cansaço;

  • Coloração amarelada da pele e olhos;

  • Fezes esbranquiçadas; e

  • Urina escura.

"O especialista também pode solicitar um exame mais detalhado quando a pessoa relata antecedentes que o coloque sob suspeita, como em casos de transfusão sanguínea", conclui.

Evolução da doença

A hepatite A, na maioria das vezes, tem cura com recuperação total do fígado. As hepatites B e C podem levar a cirrose hepática e até a uma maior incidência de câncer no fígado.

Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde aponta que de 70% a 80% das infecções entre os portadores de hepatite C se cronificam. Além disso, 20% delas podem evoluir para cirrose e de 1 a 5% para câncer de fígado.

"A partir do diagnóstico, o médico irá recomendar o melhor tratamento de acordo com o tipo e características de vírus, perfil do paciente e análise de possíveis doenças concomitantes, que possam interferir ou prejudicar a melhora do quadro.

É importante lembrar que alguns comportamentos podem piorar o quadro como, por exemplo, o consumo de álcool. Além disso, a obesidade e o diabetes mal controlado podem piorar a doença.

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