Uma das formas mais comuns de gastrite é a causada pela bactéria Helicobacter pylori, presente no estômago de boa parte da população.

O contágio pode ocorrer quando há contato com vômito ou fezes de pessoas infectadas, especialmente em locais com menor índice de saneamento básico (tratamento de água e esgoto). Se alguém da família tem a bactéria, porém, o risco de contágio é alto mesmo em boas condições de higiene. 

O que diferencia a H.pylori das outras milhares de bactérias que temos em nosso aparelho digestivo é a forma como ela atua no corpo.

Como age?

As enzimas produzidas pela bactéria causam, ao mesmo tempo, a irritação das células do estômago e o enfraquecimento da mucosa que protege sua parede contra a acidez. Sem proteção, tem início um processo inflamatório que vai “corroendo” o órgão causando a gastrite.

Diagnóstico

Uma pessoa pode ficar anos com a bactéria até que, finalmente, passe a manifestar os sintomas da gastrite. O diagnóstico conclusivo acontece com o exame de endoscopia que verifica a saúde das estruturas internas do esôfago, estômago e porção inicial do intestino (duodeno) e coleta material para o teste de presença da bactéria. 

O diagnóstico conclusivo acontece com o exame de endoscopia.

Tratamento

Assim que identificada, a H. pylori deve ser imediatamente combatida. A corrosão causada por suas enzimas pode evoluir para úlcera tanto no estômago, como no duodeno. Em casos mais graves, quando a exposição ocorreu por tempo muito prolongado, o paciente pode desenvolver câncer de estômago.

Claro que essa não é a realidade da maioria das pessoas infectadas. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de 20 mil novos casos no Brasil. Vale salientar também que a maioria dos pacientes com a doença, 65%, está na faixa etária dos 70 anos e é do sexo masculino.

Maioria dos pacientes está na faixa etária dos 70 anos e é do sexo masculino.

Isso não muda o fato de que a prevenção é importante já que o câncer de estômago é o terceiro mais incidente em homens e o quinto em mulheres. Portanto, nada como um bom acompanhamento médico, não é mesmo?