Quem se programa para viajar, seja a lazer ou a negócio, sabe que precisa fazer um check list de todos os passos para dar tudo certo: pesquisar preço de passagens, reservar hotel, montar o roteiro da viagem, arrumar as malas, revisar o carro – se a viagem for por terra, etc. Mas não é só isso. Muita gente esquece que durante uma viagem, podem ocorrer complicações de saúde mais graves e que resultam até em óbito, em alguns casos. Para isso, o recomendável é consultar um médico antes de viajar e saber as condições de saúde.
Para quem procura os serviços da medicina do viajante, primeiramente é submetido a uma triagem onde são obtidas informações sobre o itinerário, tempo de estada, tipo de viagem (negócios, lazer, missão etc.), histórico de saúde e de vacinação do viajante. “Com esses dados é possível traçar um programa preventivo, fornecer orientações e indicar vacinas. Se as condições de saúde estiverem boas e o histórico vacinal em ordem, o paciente está apto para sair do país”, afirma Dra. Sumire Sakabe, infectologista.
A medicina do viajante atua não só na parte de imunização, mas também na medicina de altitude, aplicada ao mergulho, prevenção de trombose venosa profunda, prevenção de doenças tropicais, entre outros. Recomenda-se não ingerir água que não seja industrializada (ou fervida, ou com hipoclorito de sódio) e não ingerir alimentos crus. Inclusive, em todo país é preciso cuidar da dieta, evitar excessos na ingestão de bebidas alcoólicas, contato com animais, proteger-se de mosquitos e não entrar no mar ou em locais sem sinalização de perigo, entre outras medidas.
“Infelizmente, a maioria das pessoas desconhece essa área da medicina e não procura assistência médica. Isso talvez deva ocorrer por ignorar os riscos reais aos quais estará submetido e ou por desconhecimento de serviços de orientação de saúde do viajante”, conclui a médica.
Algumas dicas:
Durante a viagem: o que posso levar?
Para quem vai viajar fora do país, o mais indicado é levar os medicamentos habituais, de preferência na bagagem de mão. A recomendação é levar analgésicos comuns, antieméticos e antialérgicos, desde que estejam acompanhados da prescrição médica em inglês, que pode ser feita pelo próprio médico, se ele souber o idioma ou pelo médico do serviço de viajante.
Onde posso fazer a triagem de prevenção?
Tanto serviços públicos como privados, fazem a triagem para o viajante. Entretanto, os serviços públicos são a maioria por estarem ligados, geralmente, a universidades e centros de vacinação.
Quais as orientações para quem vai viajar?
Primeiro consultar um médico do viajante, de preferência, com um mês de antecedência, depois procurar orientações sobre os locais a serem visitados, possíveis doenças comuns e, se houver indicação, vacinas a ser tomadas.
Quais vacinas devo tomar?
É muito importante que procure um serviço de medicina do viajante para esclarecer as vacinas que devem ser aplicadas para cada destino. De acordo com o Dra. Sumire Sakabe, são múltiplas as possibilidades de indicação de vacinas. “As mais indicadas são para febre amarela, hepatite A e as que compõem o calendário básico de vacinação”, esclarece.
Confira algumas vacinas e em quais países são mais indicadas:
Febre Amarela
Brasil: regiões Norte e Centro-Oeste, Maranhão, Minas Gerias, Bahia, sudoeste do Paraná (inclusive Foz do Iguaçu) e oeste de São Paulo. Exterior: Países da África e América do Sul, onde a doença é endêmica. Alguns países da Ásia e da Europa exigem dos viajantes procedentes de áreas endêmicas
Febre Tifoide
Principalmente para a África e sudoeste asiático
Hepatite A
África, Ásia e América Latina, com exceção do Chile e Argentina
Poliomielite
Angola, Índia, Bangladesh, Timor Leste e Paquistão
Sarampo
Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Coréia, Paquistão, Filipinas, Venezuela, República Dominicana e Haiti
Tétano e difteria
O risco de tétano existe em qualquer lugar do mundo. Quanto à difteria, há surtos ocasionais no mundo.
Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.