Quando andamos por uma rua de prédios comerciais e nos deparamos com grupos de pessoas fumando à beira da calçada, ou quando, já à noite, vemos grupos reunidos em frente aos bares para fumar, pensamos que o número de fumantes no Brasil não para de crescer, certo? Errado!
Uma pesquisa realizada no fim de 2014 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde mostrou que a quantidade de fumantes no Brasil caiu 20,5% nos últimos cinco anos. E isso não é tudo: do total de fumantes, metade já tomou uma atitude para dar fim ao vício.
Os homens são os que mais fumam, mas também são os que mais abandonam o vício. Vinte e um por cento deles abandonaram o tabaco neste período, contra 14% das mulheres que participaram da mesma pesquisa. E, entre os idosos, o número é ainda mais animador: 31% das pessoas com 60 anos ou mais pararam de fumar. Isso mostra que nunca é tarde para abandonar o cigarro.
Mas e essas pessoas todas fumando nas calçadas? Isso é resultado do maior vigor de leis antifumo que tornam ambientes fechados de uso coletivo totalmente livres de tabaco. A medida foi importante para diminuir o ainda alto índice de fumantes passivos. Estima-se que 10% da população esteja sujeita ao fumo passivo em casa e 13% no ambiente de trabalho.
O cigarro possui mais de 4.700 substâncias tóxicas, como hidrocarbonetos, nicotina, monóxido de carbono e alcatrão, que produzem diversos processos inflamatórios e causam malefícios a quase todos os órgãos do corpo humano.
Já os benefícios de abandonar o vício são inúmeros e podem ser notados logo no primeiro dia. Há pouco tempo listamos 9 benefícios de curto e longo prazo que podem te animar a tomar uma atitude. Para isto, será preciso ter muita força de vontade, mas você não estará sozinho. Com acompanhamento médico e o auxílio de medicamentos específicos, é possível deixar o cigarro e viver mais e melhor.
Dr. Alexandre Kawassaki é pneumologista do H9J.
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