Existem vários tipos de dores de cabeça, com características e tratamentos bem diferentes. Uma delas é Enxaqueca, também chamada de Migrânea. Há estudos que mostram que ela chega a afetar até 20% da população feminina e até 10% da masculina. Segundo o Dr. Antonio Cezar Galvão, neurologista do Centro da Dor e Neurocirurgia Funcional do H9J, 31% das pessoas com enxaquecas têm prejuízos funcionais regulares.
"Fazer exercícios físicos regulares, cuidar da higiene do sono e controlar o estresse são medicas eficazes contra a enxaqueca", afirma o Dr. Galvão.
Essa doença neurovascular provoca crises de dor que afeta metade da cabeça. Há pacientes que apresentam poucos episódios durante a vida e outros que a tem com muita frequência. Geralmente a enxaqueca piora com atividades físicas e não é raro que o paciente sinta também náuseas e desconforto quando exposto à luz e sons altos. Cada crise pode durar até 72 h. Suas causas são variadas e podem incluir alterações hormonais, estresse, traumas no crânio, ingestão de alguns alimentos como chocolate ou alimentos industrializados com conservantes, vinho tinto, queijos maturados, castanhas, etc. Seu tratamento depende da intensidade da dor e pode demandar uso de medicamentos analgésicos para as crises agudas e medicamentos de uso preventivo por tempo que varia de 4 meses a 1 ano quando essas crises se tornam muito frequentes.
Cefaleia Tensional
Provoca dores que dão a sensação de que a cabeça está pesada, apertada ou pressionada. Geralmente sua intensidade é fraca ou moderada e não impede as atividades diárias. Também não costuma haver outros sintomas associados como náuseas ou aversão à luz e barulhos altos. Alterações emocionais como estresse, ansiedade e depressão podem desencadear esse tipo de dor de cabeça.
O tratamento pode ser feito com analgésicos ou anti-inflamatórios mas é importante que o paciente não se automedique e procure um médico para analisar se há outras patologias presentes que possam estar desencadeando a dor.
Cefaleia em Salvas
Considerada menos frequente, seus sintomas são dor intensa, geralmente noturna, sempre de um só lado e com localização em torno da órbita do olho, podendo durar desde poucos minutos a horas. Alguns pacientes apresentam também olhos avermelhados e lacrimejantes, além de congestão nasal e às vezes pálpebra caída do mesmo lado onde se sente a dor.
É comum que os pacientes com esse tipo de cefaleia tenham crises repetidas, muitas vezes levando a acordar no meio da noite. Estudos sugerem que as causas do problema estão em disfunções na região do hipotálamo, que é a estrutura do cérebro responsável por várias funções como controle de temperatura, regulação hormonal e do sono. O tratamento para as crises varia e pode incluir medicações orais ou injetáveis.
Neuralgia Trigeminal
Considerada entre as mais fortes dores que aflige o ser humano e que afeta quatro a cinco pessoas por 100.000 habitante / ano. O nervo trigêmeo, quinto nervo craniano, é responsável pela inervação sensitiva de toda a face, mucosa da cavidade oral, dentes, gengivas e terço anterior da língua.
Esta enfermidade afeta predominantemente pacientes da sexta década de vida ou mais, caracterizando-se por dor de curta duração e elevada intensidade, lembrando um choque, uma pontada, uma agulhada ou uma fisgada. Há menção de suicídios entre os portadores desta enfermidade que não recebem tratamento adequado, em decorrência da intensidade do sofrimento gerado.
Tratamento medicamentoso e operatório podem aliviar completamente os sintomas de dor, permitindo a reintegração destes pacientes a uma condição de normalidade física e social.
O Centro da Dor do H9J tem excepcional experiência no tratamento destas enfermidades.
Artigo originalmente publicado em 2016 e atualizado em 2019.
Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.
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