Você provavelmente já ouviu falar sobre a doença do beijo, cujos casos costumam aumentar bastante nessa época do ano por conta do carnaval. Esse é o nome pelo qual ficou conhecida a mononucleose, doença infecciosa causada pelo vírus Epstein-Barr, da família Herpesviridae.
O nome popular está relacionado à principal forma de contágio da doença: a saliva. Além do beijo, é possível ser exposto ao vírus por meio de tosse e espirro de pessoas infectadas, ou também pelo compartilhamento de copos e talheres.
Uma vez que entra no organismo, o vírus ataca as células da mucosa do nariz, garganta e faringe, afetando os glóbulos brancos, que são responsáveis pela produção de anticorpos. Em seguida, o vírus se prolifera por meio da corrente sanguínea e pode atingir fígado, baço, medula óssea, pulmões e gânglios linfáticos.
Sintomas
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Febre alta
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Dores no corpo
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Aumento dos gânglios do pescoço e axilas
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Sudorese
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Fadiga
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Inflamação de garganta
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Inchaço das amígdalas
A doença costuma durar de três ou quatro semanas com manifestação dos sintomas. A infecção, porém, é assintomática e pouco expressiva na maioria das vezes.
Normalmente a recuperação ocorre dentro de duas a quatro semanas; em alguns casos mais raros, após 120 dias. Contudo, os pacientes podem contagiar outras pessoas até um ano após o desaparecimento dos sintomas da mononucleose, o que representa risco de contágio.
Mas, calma, você não precisa ficar sem beijar todo este tempo. Isso porque a maioria das pessoas é exposta ao vírus ainda na infância (estima-se que metade dos casos da doença ocorram nessa fase da vida) ou na adolescência, na época dos primeiros beijos. Dessa forma, a maior parte delas já é imune ao vírus.
Apesar dos riscos, não é preciso deixar de curtir o carnaval. É importante fazer uma avaliação do risco a que você está exposto. Se você se dispõe a beijar 20 pessoas no trio elétrico, é preciso estar ciente que algumas coisas podem acontecer.
Tratamento
A doença pode ser bastante sintomática, mas, como a maioria das doenças infecciosas, o tratamento é apenas para controlar os sintomas e repouso.
Mas, lembre-se: procure sempre um médico para descartar outras infecções que têm sintomas semelhantes como a infecção aguda por HIV.