Quando o assunto é saúde da mulher, você com certeza já ouviu alguma recomendação sobre visitas periódicas ao ginecologista e exames preventivos, como o papanicolau, não é mesmo?
O fato é que, às vezes, para manter a região genital saudável, precisamos ir além dos exames de rotina. E quando a investigação precisa ser mais completa, o médico pode solicitar exames como a histeroscopia.
Abaixo, você encontra informações para lhe ajudar a entender melhor a importância e os tipos deste procedimento. Como, por exemplo, a diferença entre a histeroscopia diagnóstica e a cirúrgica (também chamada de terapêutica).
O que é a histeroscopia?
Apesar do nome complicado e, provavelmente, desconhecido para a maioria das pessoas, a histeroscopia é um procedimento bastante realizado. Por meio dele, o médico visualiza a parte interna do útero e do canal endocervical com um instrumento chamado histeroscópio que é introduzido pela vagina e através do colo do útero. Esse aparelho possui uma câmera acoplada, que filma e transmite as imagens para um monitor de tv, ou seja, até mesmo a paciente pode acompanhar tudo em tempo real, se optar pelo procedimento sem sedação, ou pode assistir o dvd depois, ou apenas mostrar para o seu médico.
O processo é similar a uma endoscopia, com a diferença de que este é um exame ginecológico (com máquinas adaptadas para este tipo de procedimento), enquanto o outro é gastroenterológico.
A histeroscopia possui duas variações:
Histeroscopia diagnóstica
Neste caso, a missão é apenas investigar o que está acontecendo por meio da coleta de imagens do útero, do canal cervical e da vagina. Se necessário, nesse mesmo momento podem ser realizadas biópsias. O exame causa pouco desconforto à mulher, mas, para garantir a comodidade das pacientes, pode ser realizado sob sedação quando há indicação médica.
Histeroscopia cirúrgica
Diferentemente da primeira, o propósito, aqui, é realizar procedimentos terapêuticos para corrigir algum problema. A histeroscopia cirúrgica requer anestesia que pode ser geral ou raquianestesia para evitar desconfortos. É segura, rápida e altamente eficaz contra diversas doenças, como alguns tipos de miomas e pólipos endometriais e endocervicais, além de ser útil para a retirada do diu quando não se visualiza mais o fio, também para tratamento de malformações uterinas como septo uterino ou para ablação endometrial, procedimento usado para diminuir sangramentos em excesso.
Por que devo fazer uma histeroscopia?
A principal indicação é para investigar sangramentos anormais.
Problemas no funcionamento do útero ou quando há dificuldade para engravidar, abortos espontâneos de repetição, fluxo menstrual excessivo e suspeita de câncer de endométrio estão entre as indicações para a investigação diagnóstica. Na modalidade cirúrgica,é possível tratar tumores benignos (como pólipos e miomas), sinéquias (uma espécie de queloide uterina), septo (doença congênita) e realizar a ablação do endométrio para tratamento de sangramentos benignos anormais.
Em termos de idade, não existe uma regra, tudo dependerá da queixa da paciente. É um exame que geralmente é solicitado após já se ter feito um ultrassom da pelve. Pode inclusive ser realizado em mulheres virgens, pois o aparelho é muito fino.
Aqui no hospital 9 de julho, por exemplo, as pacientes contam com um atendimento especializado por meio da clínica da mulher, que possui corpo clínico altamente qualificado e focado na investigação e tratamento das doenças ginecológicas.
Se você tem sentido algum desconforto, não deixe de visitar seu médico. Saúde vem em primeiro lugar. Por isso, cuide-se!
Este artigo foi originalmente publicado em 10/2017 e atualizado.
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