Se você já procurou sobre o assunto e chegou até nosso blog, já tem uma noção do que é pólipo colorretal. Nesse texto, vamos falar sobre causas, sintomas e possíveis tratamentos para a doença.
O pólipo colorretal, ou Adenoma Colorretal, é uma pequena lesão na superfície do cólon ou do reto. Ele se projeta da parede do tubo digestivo para o lúmen, ou seja, para a cavidade.
Os pólipos podem ser planos ou elevados, benignos ou malignos, mas todos eles merecem atenção e cuidados médicos.
Causas
Estão relacionadas a mutações na divisão celular. Eles surgem quando há erros genéticos que iniciam o crescimento celular desordenado. Por essa razão, os pólipos podem evoluir para casos de câncer.
Eles podem surgir qualquer região do intestino grosso e, geralmente, quanto maior for o pólipo, maiores as chances de desenvolvimento de câncer na região.
Fatores de risco
Apesar de serem causados por alterações celulares, alguns fatores contribuem para que ocorram as mutações. São eles:
Idade: a maioria ocorre após os 50 anos;
Inflamações no intestino: Colite Ulcerativa e Doença de Crohn podem contribuir para o surgimento dos pólipos;
Consumo excessivo de álcool;
Consumo de tabaco;
Obesidade;
Sedentarismo;
Diabetes do tipo 2 sem o devido controle;
Histórico familiar;
Raça: Estudos apontam que indivíduos de etnias negras possuem mais chances de desenvolver pólipos.
Sintomas
Na maioria dos casos, não há sintomas durante o surgimento do pólipo colorretal, a não ser quando o tamanho do pólipo é maior do que dois centímetros, ou quando se trata de um pólipo canceroso.
O sintoma mais comum é o sangramento retal. Ele surge quando há a presença do pólipo já formado (e, possivelmente, em crescimento). Podem ocorrer sangramentos pouco evidentes, que só são confirmados por exame laboratorial.
Quando há apresentação de sintomas, são eles:
Sangramento;
Mudança na cor das fezes;
Saída de muco junto às fezes;
Mudanças nos hábitos intestinais;
Dores abdominais, náuseas e vômito.
Quando o pólipo é grande e bloqueia parte do cólon, ocorrem as dores abdominais e mudanças na frequência de idas ao banheiro. Contudo, na maioria dos casos, o pólipo é descoberto antes da obstrução.
Diagnóstico
Os especialistas médicos mais indicados para o diagnóstico são coloproctologistas e gastroenterologistas. Durante a consulta, o médico irá analisar histórico familiar e histórico de doenças.
Contudo, a única forma de assegurar a existência do pólipo colorretal é por meio dos seguintes exames:
Colonoscopia;
Exames de fezes;
Teste de sangue oculto;
Exame de DNA fecal;
Colonografia;
Retossigmoidoscopia.
Tratamentos
O único tratamento é a remoção de todos os pólipos detectados. Contudo, o procedimento pode ser feito de duas diferentes maneiras:
Remoção durante exame endoscópico, com uso de pinça de biópsia ou laço;
Cirurgia minimamente invasiva, indicada para pólipos pequenos que não podem ser removidos durante o exame.
É fundamental que seja realizada biópsia do pólipo para descobrir se há potencial de câncer. Após a retirada dos pólipos, o paciente precisa
manter visitas regulares ao médico para acompanhamento do quadro.
Isso porque pacientes reincidentes possuem mais risco de apresentar câncer de cólon e será necessário realizar colonoscopias com certa frequência.
Prevenção e prognóstico
Para evitar o surgimento de pólipos, são recomendadas as seguintes ações:
Abandono do tabagismo;
Prática de esportes;
Controle do peso corporal;
Alimentação saudável.
Quem apresentou pólipos e fez a retirada pode levar uma vida praticamente normal. Contudo, com algumas restrições, como evitar o cigarro, drogas, consumo excessivo de álcool e alimentos gordurosos.
Atenção, se você passou dos 50 anos e ainda não realizou exames para checagem da saúde do cólon e do reto, procure seu médico de confiança.
Assim como qualquer mutação celular, os pólipos podem ser altamente prejudiciais à saúde e, portanto, devem ser diagnosticados e eliminados o mais rápido possível.