A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um termo utilizado em medicina para agrupar as duas principais doenças associadas ao tabagismo, o Enfisema e a Bronquite Crônica.
"Essas duas patologias são caracterizadas pela obstrução crônica ao fluxo do ar nos pulmões, sendo que no Enfisema há uma destruição do arcabouço pulmonar, enquanto que na Bronquite Crônica há uma inflamação persistente nos brônquios. Na maioria dos pacientes portadores de DPOC elas são coexistentes", afirma o pneumologista do Hospital 9 de Julho, Dr. Alexandre Kawassaki.
Em pacientes com Enfisema, os alvéolos pulmonares são danificados, perdendo a capacidade de fornecer oxigênio ao sangue e de retirar o dióxido de carbono. Em pacientes saudáveis, os alvéolos são pequenos, numerosos e com consistência esponjosa e elástica. Quem possui a doença, por outro lado, apresenta alvéolos maiores e em menor quantidade, com aspecto mais flácido.
Já aqueles com bronquite crônica apresentam uma inflamação dos brônquios, que são as vias que conduzem o ar até os alvéolos. Além da inflamação persistente desencadeada pela fumaça do tabaco, com produção aumentada de secreção, os pequenos cílios que revestem o interior dos brônquios têm dificuldade de eliminar o muco que existe nas vias respiratórias, causando tosse, expectoração crônica e sibilância.
Os principais sintomas da DPOC são tosse, falta de ar e infecções respiratórias de repetição, tais como gripes, traqueobronquites e pneumonias. Quando não tratada, a enfermidade pode avançar a ponto de a falta de ar se manifestar mesmo quando o doente está em repouso, podendo dificultar a realização das atividades cotidianas mais simples.
A principal causa da DPOC é o tabagismo (tanto o ativo, caso dos fumantes, como o passivo, aquele em que o indivíduo está exposto continuamente a ambientes com fumaça de cigarro). Por isso, a melhor forma de preveni-la é interrompendo o uso do cigarro e evitando estar em ambientes em que haja tabagistas.
"Outras condições também podem causar a doença, como estar exposto a ambientes muito poluídos ou respirar vapores químicos. Há ainda casos em que a patologia é desencadeada por alterações genéticas", diz Dr. Kawassaki.
O diagnóstico é feito pela avaliação clínica e pela realização de exames como o de função pulmonar (conhecido como espirometria). Em algumas situações o médico pode pedir também tomografia computadorizada de tórax.
O tratamento consiste em parar de fumar e no uso de medicações a base de corticoides e broncodilatadores inalatórios. "São também recomendadas vacinação para evitar infecções e fisioterapia para exercitar a respiração", afirma o médico.
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