O câncer de intestino (colorretal) é o terceiro mais incidente no Brasil, atrás do câncer de próstata e de mama, excluindo-se o de pele não-melanoma. A boa notícia é que se for diagnosticado precocemente e tratado corretamente as chances de cura são elevadas. São considerados fatores de risco para o câncer de intestino: idade acima de 50 anos, dieta com alto teor de gordura e baixo teor de fibras, obesidade , sedentarismo e tabagismo. Pessoas que possuem histórico da doença ou casos de câncer de intestino na família precisam ficar mais atentas. O câncer colorretal em fase inicial não costuma ter sintomas, o que torna ainda mais importante o acompanhamento médico e o rastreamento por colonoscopia, que deve ser realizada a partir dos 45anos. Em fase mais avançada, o câncer colorretal pode causar sintomas como sangramentos, dores abdominais e fraqueza. O Dr. Felipe Moraes destaca a importância da realização de exames para detecção precoce da doença. "O câncer de intestino, quando diagnosticado precocemente, é potencialmente curável", afirma a médico.
Diagnóstico
A colonoscopia é o exame indicado para o diagnóstico do câncer de intestino. Ele consiste na introdução de um tubo flexível no intestino que permite visualizar o órgão por dentro. Este exame também pode ser considerado um exame preventivo, pois quando são visualizados pólipos (lesões benignas), esses podem ser retirados. A ressecção é importante porque na maioria das vezes o tumor maligno se origina desses pólipos.
O câncer colorretal geralmente não apresenta sintomas em estágio inicial. Por isso, é ainda mais importante acompanhamento médico e a realização do exame de colonoscopia quando indicado. A periodicidade do exame é definida pelo médico dependendo da idade e dos fatores de risco e a partir do que foi encontrado na realização da primeira colonoscopia.
Fatores de risco
O câncer de intestino está intimamente ligado ao estilo de vida. Sabe-se que uma dieta rica em gorduras e em embutidos, pobre em fibras além disso o sedentarismo pode contribuir para o desenvolvimento da doença. Evite consumir carne vermelha e embutidos em excesso.
- Inclua fibras como verduras e frutas em sua alimentação diária;
- Faça exercícios regularmente;
- Não fume;
- Evite o excesso de bebidas alcoólicas;
- Consulte um médico regularmente, principalmente se tem casos de tumores na família;
- Faça exames periodicamente, principalmente após os 45 anos.
Tratamento
O tratamento é multidisciplinar, levando em conta a apresentação da doença e sua extensão observadas nos exames de estadiamento – sequência de exames realizados para o mapeamento do paciente e da doença, além do tipo de tumor. A cirurgia é normalmente o primeiro tratamento, quando a doença está localizada ou provoca obstruções intestinais. A quimioterapia é utilizada como complemento do tratamento cirúrgico em alguns casos bem como a radioterapia em neoplasias de reto – parte final do intestino. No estadiamento são incluídos exames físicos, de laboratório, radiografias, tomografias, ressonância magnética e o PET/CT.