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Gastroenterologia

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Alimentos industrializados e problemas gastrointestinais

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Dr. Matheus Azevedo - Gastroenterologista Atualizado em 04/09/2019

Quem não gosta de uma boa comida caseira? Sentir o cheiro do alho e da cebola na panela prontos para serem refogados com o arroz e ouvir o chiado do feijão sendo cozido na panela de pressão abrem o apetite de todos. A má notícia é que nos dias de hoje, o aroma da comida feita em casa está cada vez menos comum nos lares dos brasileiros por conta da rotina corrida e da praticidade nada saudável das comidas industrializadas que substituíram a feita em casa.

Apesar de práticas, as refeições industriais pré-prontas contêm altas doses de gordura, açúcares, sódio, sal e outros conservantes que podem fazer mal a saúde e podem causar problemas como má digestão, alergia alimentar, hipertensão arterial e diabetes, essas últimas doenças crônicas mais comuns entre os brasileiros na última década, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Elas podem até ser deliciosas e ficarem prontas como um passe de mágica, mas com o tempo, o consumo em excesso cobra a conta e o corpo passa a sentir seus efeitos. Alguns elementos nestas refeições são tão estranhos ao organismo que ainda não é possível determinar com precisão quais efeitos nocivos eles podem causar.

Problemas gastrointestinais
A alergia alimentar por conta da ingestão de conservantes e corantes e outros elementos químicos pode ser um deles a curto e médio prazo. Além disso, nos últimos 20 anos, com a popularização e adoção de comidas industrializadas e dos chamados “fast food” na rotina dos brasileiros, 48% da população está com sobrepeso. 

Com a mudança na alimentação, além do aumento de doenças relacionadas à obesidade como as citadas acima, também houve aumento de casos de câncer de estômago e câncer de intestino, inclusive em pessoas mais jovens, com menos de 50 anos. Sabemos que em países em que o consumo de comida processada e defumada é alto, como no Japão e nos EUA, a incidência desses dois tipos de cânceres costuma ser maior e por aqui não é diferente: o índice também tem aumentado.

Engana-se quem pensa que estes problemas atingem apenas os adultos. Os danos causados pela má alimentação têm acometido as crianças - cada vez mais cedo acima do peso - já com problemas de má digestão, alergia alimentar e vítimas de colesterol alto, hipertensão arterial, diabetes, gastrite e refluxo.

Conscientização por uma alimentação saudável
O melhor tratamento contra esses males é a educação e conscientização da população, principalmente dos pais, que precisam adotar uma alimentação saudável em substituição aos alimentos industrializados e apresentar este caminho aos filhos ao escolher o que entra na despensa e na geladeira. 

Mas não é preciso abrir mão da praticidade na hora de ir ao mercado. Procure optar por produtos com menos calorias e gordura, como iogurtes desnatados, substitua o chocolate em pó do leite da manhã pelo cacau em pó, o requeijão pelo creme de ricota e o pão branco por uma versão integral e inclua frutas e verduras no dia a dia da família.

Passe longe do corredor dos congelados e deixe o delivery de pizza ou de comida chinesa restrito aos finais de semana. É tudo uma questão de hábitos e para mudar basta querer adotá-los.

Originalmente publicado em 12/01/2019

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Escrito por
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Dr. Matheus Azevedo

Gastroenterologista
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