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Obesidade infantil não é brincadeira de criança

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​​​​​Hipertensão arterial, diabetes, níveis altos de colesterol ruim (hipercolesterolemia), apneia do sono, artroses, problemas de relacionamento social e depressão. Quem pensa que essas doenças que só podem atingir os adultos está muito enganado. Crianças com excesso de peso ou obesidade correm o risco de desenvolver patologias como essas. 

"De uma maneira prática, a obesidade hoje é definida utilizando-se o índice de massa corporal (IMC), calculado pela divisão do peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado. Em crianças, porém, o peso considerado saudável varia em função da idade e do sexo", afirma a endocrinologista do Hospital 9 de Julho Renata Manso Maselli. 

Segundo ela, embora haja casos em que a obesidade infantil é causada por doenças endocrinológicas, genéticas ou pelo uso de algumas medicações, na maioria das vezes ela é resultante de hábitos alimentares inadequados e de sedentarismo. 

"A obesidade hoje é tratada com um problema de saúde pública, com caráter epidêmico, com grande crescimento nas últimas décadas, principalmente na população infantil e nos países em desenvolvimento. Um fato curioso é o aumento importante da prevalência da obesidade infantil nas populações de baixa renda, pois os produtos industrializados, normalmente com maior densidade calórica, são mais baratos e acessíveis a essa população", comenta a médica.

Entre as consequências da obesidade na infância, Renata lembra que estão também a ocorrência em faixas etárias cada vez mais baixas, de problemas graves de saúde como Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral. "Quanto mais tempo a criança se mantém obesa, maior a chance das complicações ocorrerem mais precocemente", explica ela. 

Os pais devem ficar atentos ao desenvolvimento e ganho de peso rápido dos filhos, além de comparecerem regularmente ao pediatra para que o médico avalie o padrão das curvas de peso, altura e IMC da criança e oriente o mais cedo possível o acompanhamento com endocrinologista, se necessário.  

Para prevenir o ganho excessivo de peso na infância são importantes cuidados desde a gestação e o nascimento, segundo a endocrinologista. "A restrição de crescimento intrauterino e o desmame precoce estão associados à obesidade no futuro. Por isso, adequada alimentação na gravidez e aleitamento materno devem ser estimulados. Além disso, é imprescindível que a criança tenha alimentação balanceada e atividade física regular", diz Renata. Diminuir o acesso das crianças a alimentos industrializados e fast-foods e estimular brincadeiras ao ar livre são grandes aliados nessa prevenção, segundo ela. 

O tratamento da obesidade infantil deve ser baseado na diminuição da ingestão calórica e aumento da atividade física. "É muito importante também ter um tratamento multidisciplinar, que englobe ações ligadas à nutrição, endocrinologia e psicologia", diz Renata. 

Ela faz um alerta sobre os cuidados necessários com dietas muito restritivas, já que as crianças têm necessidades calóricas bem diferenciadas nas diferentes faixas etárias. "Já o tratamento medicamentoso ainda é bastante controverso, apesar de grandes centros estarem utilizando inibidores do apetite em idades cada vez menores", afirma ela. 

Ela frisa que a família tem grande impacto no desenvolvimento de comportamentos saudáveis para adequação do peso da criança. "Na correria cotidiana, torna-se mais fácil para os pais oferecerem uma comida mais rápida aos seus filhos, utilizando alimentos congelados, lanches industrializados, refrigerantes, sucos artificiais. Mas isso acaba se tornando um hábito e precisa ser combatido", diz ela. 

Além do consumo de alimentos inadequados, é preciso evitar o sedentarismo. "A maioria das atividades que as crianças realizam hoje em dia concentra-se em torno da televisão, computador e vídeo games. Por isso, é extremamente importante incentivar a alimentação saudável e práticas esportivas. Para crianças e adolescentes o envolvimento familiar é um dos maiores contribuintes da adesão ao tratamento. Os adultos devem dar o exemplo", diz a médica.


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