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Como funciona a contracepção contínua?

Leia mais e tenha informações seguras sobre saúde.


Que mulher nunca quis se ver livre das menstruações? Não é raro ouvir mulheres que já tiveram que aguentar cólicas durante um compromisso importante ou que  deixaram de aproveitar uma tarde na piscina com amigos por conta do sangramento de todos os meses.

Essas situações são sempre desconfortáveis, e o desânimo fica ainda maior quando lembramos que, em algumas semanas, tudo se repetirá. Então, pensando na dinâmica da vida da mulher moderna, hoje já é possível encontrar métodos anticoncepcionais desenvolvidos para bloquear o fluxo menstrual.

Este é o conceito de contracepção contínua, uma prática que tem ganhado cada vez mais adeptas.

Veja abaixo informações importantes sobre esse método, como ele funciona e quais são os principais pontos de atenção.

Mudanças sociais foram o ponto de partida
Você já reparou em como o papel social das mulheres mudou nas últimas décadas? Cada vez mais, a sociedade tem entendido que as mulheres possuem o direito de tomar suas próprias decisões, guiar suas vidas e escolher o que fazer com seus corpos, carreiras e interesses.

Essas mudanças foram fundamentais para que a discussão sobre o fim da menstruação entrasse na roda. Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Unicamp mostrou que cerca de 40% das entrevistadas gostariam de ter intervalos menstruais maiores – ou, até mesmo, nunca mais menstruar.

Esses dados confirmam que a mulher moderna está em busca de novas formas de controle dos efeitos do ciclo menstrual. É nesse contexto que surgem as técnicas de contracepção contínua.

Como funciona a contracepção contínua?
Existem diversas combinações hormonais e formas de uso dessas medicações para bloquear a menstruação. Podemos usar métodos combinados de forma contínua, ou seja, aqueles que contêm dois tipos de hormônios, um tipo de estrogênio e um de progesterona. Esses podem ser em forma de pílulas, anel vaginal, adesivo, por exemplo. Ou podemos usar métodos com progesterona apenas, seriam eles pílulas, DIU medicado, implante ou mesmo injeções.  

Cada método tem vantagens e desvantagens, além de período de adaptação e potenciais efeitos colaterais. É preciso definir qual é o melhor para aquela mulher, naquele momento de vida, de forma individualizada de acordo com a história pessoal de cada uma. 

As vantagens do uso contínuo
O principal benefício do tratamento anticoncepcional contínuo é o fim dos incômodos trazidos pelo ciclo menstrual, como os desconfortos como cólicas, dores de cabeça, tensão pré-menstrual. 

Além disso, o método é bastante indicado para mulheres com histórico de endometriose e problemas como miomas e adenomiose, para controle de sintomas.

Pontos de atenção
A primeira medida, antes de qualquer coisa, é buscar a orientação de um ginecologista. Trocar de anticoncepcional é algo sério e, para isso, pode ser necessário analisar a saúde e o organismo da paciente. Somente um médico juntamente com a própria paciente é capaz de dizer qual medicamento para cada mulher.

Outro ponto importante: nem todas as pessoas podem utilizar o método contínuo. Ele não é indicado para pacientes com hipertensão não controlada,  pessoas que tiveram trombose, câncer ginecológico e de mama, enxaquecas com aura e para fumantes com mais de 35 anos de idade. Pode ter efeito diminuído em obesas, tudo isso precisa ser levado em conta. 

Se você quer dar um fim aos desconfortos mensais trazidos pela menstruação, portanto, saiba que isso já é possível, desde que indicado por um médico.E não se preocupe o tratamento não causa infertilidade. Em geral, a mulher volta a ovular um mês depois de parar a medicação. 



Esse artigo foi publicado originalmente em 24/11/2017 e atualizado.

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