O medicamento que promete aumentar a libido da mulher e que está sendo chamado de “viagra feminino” não é para qualquer uma. “Requer atenção em seu uso, pois só poderá ser administrado em pacientes que passaram por uma avaliação criteriosa e multifatorial”, enfatiza a Dra. Barbara Murayama, coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho.
Segundo a médica, o remédio aprovado na última semana pela Food and Drugs Administration (FDA), a Anvisa dos Estados Unidos, nem deveria ser chamado de viagra, pois têm propostas bem diferentes do medicamento masculino. “É indicado para um público específico de mulheres numa fase muito definida, a pré-menopausa, o seu uso será prolongado e não para uma situação apenas, como o viagra”, afirma.
Outra diferença é que o medicamento tem várias limitações como, por exemplo, não poderá se associado ao uso de bebida alcoolica. “Pode provocar queda de pressão arterial e desmaios”.
Como a proposta do medicamento é tratar o transtorno de desejo sexual hipoativo em mulheres, a Dra Barbara lembra que é justamente nesta faixa etária que as mulheres tem uma perda da libido por conta da redução das taxas hormonais e outras questões como doenças associadas ao envelhecimento (disfunção de tireoide, diabetes, obesidade, depressão, colesterol ruim alto, pressão alta etc). “É preciso fazer uma análise mais profunda e descartar todas essas patologias e investigar fatores sociais e psicológicos”.
De acordo com a médica, o ideal é que a consulta feita por um ginecologista especializado em sexualidade, como a oferecida pela Clínica da Mulher, associe o uso do medicamento, somente para as pacientes que tiverem condições de tomar, com outras terapias. “Temos de tomar cuidado para não pular nenhuma etapa na investigação do problema da paciente”. O medicamento flibanserin (nome comercial Addyi), ainda não chegou ao Brasil.
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