Pode não parecer, mas a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é mais comum do que se imagina. Em países ocidentais, até 45% das pessoas dizem ter o problema ao menos uma vez por mês e até 10% delas sentem a queimação característica da doença todos os dias, de acordo com informações da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Tossir com frequência, mas sem produção de catarro ou febre, pode indicar a irritação da garganta e, entre as possibilidades, o refluxo. Pelo mesmo motivo, a pessoa pode começar a ficar rouca. Dores no peito, na região do esôfago, também são comuns. Ou seja, a azia é apenas um dos diversos sintomas ligados à DRGE.
Normalmente, o médico suspeita da doença por causa do quadro clínico (sintomas) e perfil do paciente (má alimentação, obesidade, etc.) e solicita uma endoscopia para auxílio no diagnóstico e avaliação de complicacões. Nos casos mais intensos é possível identificar a esofagite de refluxo, inflamação causada pela passagem do suco gástrico pela válvula do esôfago.
Procure uma nutricionista para lhe ajudar a montar um cardápio mais saudável e mantenha o foco na mudança de hábitos.
Se você tem refluxo, além de fazer um acompanhamento médico regular para verificação da resposta ao tratamento, é preciso redobrar os cuidados com a saúde e alimentação. Veja como algumas mudanças simples podem lhe ajudar a diminuir os sintomas e, com isso, favorecer o tratamento:
Comer a cada três horas: o jejum excessivo pode facilitar o vazamento de suco gástrico pelo esôfago;
Não exagerar nas refeições: o contrário também vale. Se comer demais, o estômago terá dificuldade de digestão levando ao refluxo. Coloque no prato apenas o que for saciar a fome e busque equilibrar as fontes de carboidrato, proteína, grãos e vegetais;
Escolher os alimentos mais favoráveis: os mais gordurosos, ácidos e industrializados (condimentados, embutidos), cafeína, álcool e cigarro podem piorar a irritação do esôfago e devem ser evitados;
Gravidade também ajuda: quem tem propensão ao refluxo deve evitar comer logo antes de ir dormir – ficar sentado pode diminuir o retorno de alimentos pela válvula do esôfago;
Atividades físicas também não são recomendados logo após a alimentação.
Procure uma nutricionista para lhe ajudar a montar um cardápio mais saudável e mantenha o foco na mudança de hábitos. Seja rigoroso com o tratamento medicamentoso.
Se não houver resposta, a cirurgia para correção do esfíncter (válvula) esofágico pode ser uma alternativa, mas isso dependerá de uma criteriosa avaliação médica.
Conteúdo originalmente publicado em 30/05/2016