Como o próprio nome diz, a pancreatite crônica é a inflamação crônica que causa graves lesões no pâncreas, glândula situada atrás do estômago que segrega o suco pancreático, além da insulina e do glucagon.
Esta é uma enfermidade que, embora incurável, apresenta diferentes quadros e progressões de pessoa para pessoa.
A adoção de hábitos saudáveis e o tratamento constante terão grande influência na qualidade de vida do paciente.
Causas
A pancreatite crônica pode decorrer de sequelas de crises da pancreatite aguda ou do alcoolismo.
Produzir enzimas digestivas e hormônios, como a insulina, que regula os níveis de açúcar no sangue, está entre as principais funções do pâncreas. Assim, as lesões na glândula causam problemas digestivos, dificultam a absorção de nutrientes e a produção da insulina.
A forma crônica da enfermidade também se manifesta por dor abdominal incapacitante e síndrome desabsortiva – quando as enzimas da digestão não são produzidas em quantidade suficiente e provocam esteatorreia, caracterizada pela presença excessiva de gordura nas fezes.
Como consequência, quem tem pancreatite crônica pode perder peso, apresentar desnutrição e deficiência de vitaminas, podendo ainda desenvolver diabetes.
Tratamento
A pancreatite crônica não pode ser curada. Por isso, o tratamento consiste em controlar os sintomas de forma a proporcionar alívio da dor, melhora da absorção dos nutrientes e controle do diabetes, quando este se apresenta.
O acompanhamento do paciente requer a reposição de enzimas por via oral e, em alguns casos, cirurgia para desobstrução do duto pancreático ou ainda para remover parte do pâncreas. Entretanto, embora influencie positivamente no quadro de dor do paciente, o resultado da cirurgia costuma ser pobre e apenas paliativo.
Uma dieta com redução de ingestão de carboidratos e restrição de alguns tipos de gordura pode ser recomendada.
Com acompanhamento constante, os pacientes podem ter menos crises, com melhora do quadro de dor e recuperação de peso.
Diagnóstico e Prevenção
A pancreatite crônica não tem seu diagnóstico a partir de um exame específico. Os quadros de dores abdominais incapacitantes, perda de peso, fezes gordurosas, além de evidências de alcoolismo levarão a equipe médica a solicitar exames e análises de dosagem de enzimas no sangue e eventuais tomografias para investigar o pâncreas.
A prevenção possível está ligada ao combate ao alcoolismo e aos exames periódicos para evitar doenças que levem a crises agudas.