Ele não está entre os tipos de câncer mais incidentes, representa apenas 3% dos tumores em mulheres, mas é importante saber mais sobre o câncer de ovário. Em 2018, foram diagnosticados 6 mil novos casos segundo o Instituto Nacional de Câncer. Por que estamos falando dele? Porque até 70% dos casos, quando identificados, já estão em estágio localmente avançado ou com metástase (quando a doença já atingiu outros órgãos).
A oncologista Michelle Samora, do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, reuniu algumas dúvidas comuns e que podem fazer a diferença na busca pelo diagnóstico e tratamento da doença. Fique atenta, mantenha suas consultas periódicas em dia e alerte seus familiares e amigas.
Durante a idade fértil (antes da menopausa) as mulheres não desenvolvem câncer de ovário.
Mito: Esse tipo de câncer é realmente mais comum em mulheres que já estão na menopausa, acima de 50 anos, mas isso não é uma regra. Recomenda-se que durante a idade fértil, as mulheres mantenham acompanhamento ginecológico regular, não apenas em razão do câncer de ovário, mas também para prevenção do câncer de colo de útero e avaliação de doenças sexualmente transmissíveis.
Tomar pílula diminui as chances de câncer nos ovários?
Verdade: Estudos apontam que mulheres que fazem uso de medicamentos anticoncepcionais têm menos risco de desenvolver câncer nos ovários, mas não significa que quem toma ou tomou anticoncepcional não terá a doença.
Cisto no ovário é câncer!
Mito: Definitivamente ter um cisto não significa ter um câncer. Mas é importante que a mulher que tem um cisto faça acompanhamento médico para que seja tratado corretamente e, dependendo do caso, removido.
Câncer de ovário não tem sintomas.
Mais ou menos: É verdade que no estágio inicial da doença os sintomas são bem discretos, mas podemos considerar os sinais abaixo como um alerta:
Aumento desproporcional na vontade de urinar;
Dores na região abdominal;
Indigestão;
Cansaço intenso e sem motivo aparente;
Sangramentos vaginais anormais;
Rápida perda de peso.
O câncer de ovário possui maior incidência principalmente em mulheres na menopausa e o risco de desenvolvê-lo ao longo da vida é de 1,3%. Entre os fatores que contribuem para um risco aumentado estão a primeira menstruação precoce (abaixo dos 12 anos), menopausa tardia (acima dos 52 anos), obesidade e tabagismo. Por outro lado, a gravidez, a amamentação e o uso de contraceptivos orais agem reduzindo o risco do câncer de ovário.
Cerca de 15% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditária, herdada de pai ou mãe. No entanto, especialistas ressaltam que as mutações genéticas que predispõem ao câncer de ovário podem não se limitar às mulheres com uma forte história familiar da doença.
De fato, cerca de 1/3 das pacientes portadoras da mutação do gene BRCA (principal gene envolvido no surgimento desta enfermidade) não apresentam sequer um familiar portador de câncer.
Se você é mulher, não deixe de procurar o seu ginecologista periodicamente. Isso pode fazer toda a diferença para a sua saúde.
Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.
Leia Mais: