As altas temperaturas de um país tropical como o nosso exige atenção redobrada para mantermos a saúde em dia.
Doenças como as micoses são muito comuns no verão, um prato cheio para os fungos, que adoram a dupla calor e umidade. Por isso, é importante conhecer os principais tipos e como preveni-la.
Nosso corpo é naturalmente habitado por fungos que não são nocivos por estarem em pequenas quantidades. Além deles, há ainda os que circulam no ar ou aproveitam ambientes úmidos para se proliferar, como é o caso de beiras de piscinas, areia, roupas molhadas ou mesmo partes do nosso corpo que não foram bem higienizadas ou secas.
Em geral, tudo o que coça e está avermelhado, deve ser investigado. Na maioria dos casos, esses sintomas são compatíveis com quadros de micose.
Tipos mais comuns
Pele: pode ocorrer em toda a extensão do corpo e tem relação com o suor excessivo e o uso de roupas sintéticas;
Virilhas: mais comum em pessoas que ficaram muito tempo com roupas de banho;
Genitália: normalmente acontece quando a irritação na virilha não foi tratada e a doença “desce” para a genital e ânus causando bastante incômodo ao paciente;
Unhas: mais usual em pessoas com outras doenças associadas, como diabetes, esse é um problema que requer um cuidado de longo prazo. Ao contrário do que se pensa, o tratamento mais eficaz para a micose de unha é com o uso de medicamentos via oral e que pode levar meses. Isso acontece por causa do perfil do tecido, que dificulta a ação de pomadas.
Tipos menos frequentes podem ocorrer em pessoas com baixa imunidade, como portadores de doenças crônicas e transplantados, além de variações como a micose de couro cabeludo, que atinge mais crianças especialmente por contaminação de areia ou de animais de estimação.
Prevenção
A melhor forma de prevenir o problema é secar bem o corpo depois de tomar banho, não passar o dia com roupas molhadas, manter a higiene adequada da pele e procurar vestir tecidos que absorvam o suor, como o algodão. Confira 9 dicas que preparamos para evitar o problema.
Apesar de a micose ser, em boa parte das vezes, uma doença benigna, vemos que as pessoas chegam ao consultório com lesões avançadas porque, antes, tentaram se medicar. Creme para assaduras e receitas caseiras não combatem a proliferação dos fungos, que precisam de tratamento especializado e cuidados permanentes para que sejam evitadas as reincidências.
Por isso, lembre-se: nunca se automedique!
Dra. Caroline Sermedjian Cividanes, dermatologista do Hospital 9 de Julho.
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