Logo

Oftalmologia

3 minutos de leitura

Glaucoma: consultas periódicas ajudam a prevenir a doença

Leia mais e tenha informações seguras sobre saúde.
AM
Dr. Anibal Mutti - Oftalmologista Atualizado em 25/05/2016

Você sabia que o glaucoma é segunda maior causa de cegueira evitável no mundo? A doença fica atrás apenas da catarata. No entanto, a catarata pode ser corrigida com uma cirurgia, enquanto que a perda visual causada pelo glaucoma é irreversível.

Apesar de não poder ser evitado, o seu diagnóstico precoce permite reduzir bastante sua progressão. Hoje, no Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, vamos explicar como é possível identificá-lo e quais são os tratamentos disponíveis atualmente.

O que é o glaucoma?

Para começar, é importante entender o que é a doença: chamamos de glaucoma a atrofia células do nervo óptico (que liga o olho ao cérebro) decorrente do aumento da pressão interna do olho que ultrapassa o limite de resistência das células deste nervo. O aumento de pressão intra-ocular ocorre por uma falha na drenagem do líquido que faz a “nutrição” dos olhos.

Quanto mais células do nervo óptico são perdidas, maior é a perda da visão. A pressão intraocular elevada, seja em picos ou de maneira constante, provoca um “esmagamento” do nervo, visível ao exame de fundo de olho. Portanto, a tonometria ocular (medida da pressão interna dos olhos) e a avaliação do nervo óptico são os principais exames para o diagnóstico e acompanhamento do glaucoma. Outro importante exame é a análise do campo visual (campimetria).

Existem mais de vinte tipos de glaucoma. Essas diferenças se devem às variadas causas, como inflamação ocular, uso incorreto de colírios, diabetes não tratado, tendência genética e até mesmo catarata. Por isso, a agressividade desta doença e os sintomas podem variar muito. 

O tipo mais comum, chamado de glaucoma primário de ângulo aberto, tem uma alta incidência em pessoas idosas e não gera sintomas até as fases mais avançadas, quando o paciente já perdeu quase todo o campo de visão periférico. Em contrapartida, um dos tipos mais agressivos desta doença, chamado de glaucoma agudo, pode provocar subitamente dores muito intensas e até vômitos.

Como a doença não apresenta sintomas na maioria dos pacientes, procurar um oftalmologista é muito importante.

Ambos os tipos mencionados acima são vilões silenciosos, visto que o primeiro induz perda visual lentamente progressiva e sem sintomas até as fases finais, enquanto que o ultimo ataca sem avisar, e pode levar a cegueira de um dia para o outro se não for prontamente tratado.

Apesar do glaucoma afetar mais comumente pessoas acima dos 50 anos, existem alguns tipos de glaucoma que se apresentam muito cedo, como o glaucoma congênito e o glaucoma juvenil.

Cuidados

Muitos de nós ainda não têm o hábito de procurar um oftalmologista periodicamente, mas a saúde dos olhos é tão importante quanto a do restante do corpo.

Como a doença não apresenta sintomas na maioria dos pacientes, procurar um oftalmologista é muito importante, sobretudo a partir dos 40 anos e, principalmente, se há familiares com glaucoma. Lembre-se: a perda da visão causada por essa condição é irreversível.

Grupos de risco

Pessoas com mais de 40 anos de idade

Pessoas negras

Pessoas com pele pigmentada

Pessoas com alto grau de miopia

Portadores de diabetes

Pessoas que tiveram trauma ocular ou doenças intraoculares, como catarata

Pessoas com histórico na família

Existem ainda casos de pessoas da faixa etária de risco que utilizam óculos prontos, vendidos sem consulta oftalmológica – isso estimula um comportamento de negligência com a visita periódica ao oftalmologista, aumentando as chances do glaucoma se desenvolver sem detecção.

Tratamento

Felizmente, numa consulta de check-up ocular, o médico oftalmologista pode diagnosticar a doença com exames rápidos e eficientes, como o fundo de olho e a medida da pressão intraocular. Além destes, existem vários outros exames que ajudam a determinar qual o tipo, agressividade e o melhor tratamento disponível para cada caso.

Existem diversas formas de tratamento. O método mais comum é clínico, feito com uso de colírios e medicações específicos que diminuem a pressão ocular. Porém, se esse tratamento não for suficiente, existem opções cirúrgicas.

A cirurgia mais comum é a trabeculectomia. Nela, uma fístula é feita na parede do olho, funcionando como uma válvula para aliviar a pressão. Nos casos mais complexos, um tubo de drenagem é implantado para realizar a função de válvula.

O H9J conta com os equipamentos mais avançados para o diagnóstico precoce e acompanhamento do glaucoma, como a Retinografia e a Tomografia de Coerência Ótica (OCT).

Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.

Escrito por
AM

Dr. Anibal Mutti

Oftalmologista
Escrito por
AM

Dr. Anibal Mutti

Oftalmologista