Uma das grandes questões de quem sofre de diverticulite é se é possível conviver com ela. Sim, é possível, mas quem apresenta sintomas precisa ser acompanhado por um médico especialista.
Antes de mais nada é importante ressaltarmos a diferença entre doença diverticular dos cólons e a diverticulite. Divertículos dos cólons são pequenas bolsas que se formam na parede intestinal, tipo plástico bolha.
A diverticulite é justamente quando uma destas bolsas sofre uma micro perfuração e inflama. Essa inflamação pode ser localizada ou se apresentar com um quadro mais grave, com escape de fezes e bactérias levando a chamada peritonite.
Sinto dor, e agora?
Quando o paciente sente dor abdominal, inchaço e gases, mas os exames mostram que a doença não é complicada, uso de medicamentos como analgésicos, antiespasmódicos (para cólicas) e antiflatulentos (para gases) podem resolver.
"Raramente podem ser necessários antiinflamatórios específicos para o trato digestivo (Sulfasalazina e derivados), mas o médico deve ser consultado", afirma o Dr. Luiz Capalbo, coordenador do Centro da Gastroenterologia.
É grave? Como saber?
Alguns sintomas podem alertar para uma crise aguda de diverticulite:
Dor abdominal, especialmente na parte inferior do lado esquerdo, que pode ser constante e persistir durante vários dias;
Períodos de diarreia ou de prisão de ventre;
Sensibilidade no lado esquerdo do abdômen;
Enjôo e vômitos;
Febre e calafrios.
Se você tem algum destes sintomas, procure um médico, pois nestes casos está indicada a utilização de antibióticos durante as crises, além de analgésicos e demais medicações.
Já nos casos de maior gravidade pode ser necessária a internação hospitalar com jejum, antibiótico parenteral (na veia) e, mais raramente, intervenção cirúrgica.
Se o paciente tiver sangramento nas fezes, atenção: a melhor conduta é sempre procurar um serviço médico para verificar a magnitude da perda sanguínea. Lembre-se que somente o médico poderá conduzir o melhor tratamento.