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Diagnóstico precoce do Parkinson permite retardar progressão da doença

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Equipe Hospital Nove de Julho - Corpo Clínico Atualizado em 15/08/2019

 A doença de Parkinson é a segunda desordem degenerativa mais comum após a doença de Alzheimer. Ela afeta até 6 milhões de pessoas no mundo, sendo cerca de 1% a 2% de indivíduos acima dos 65 anos de idade e, entre 3% a 5% daqueles acima dos 85 anos de idade, segundo o Dr. Antonio Cesar Galvão, neurologista do Centro da Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho.

O que é doença de Parkinson ? 

É uma doença degenerativa neurológica que pode causar tremores e lentidão dos movimentos. É caracterizada basicamente por tremor de repouso, tremor nas extremidades, instabilidade postural, rigidez muscular e dificuldade para se movimentar. Há também outros sintomas não motores como a diminuição do olfato, transtornos do sono, alterações do ritmo intestinal e depressão.

O que acontece no cérebro?

A doença se desenvolve quando células de uma pequena área do cérebro, chamada de “substância negra”, começam a morrer progressivamente. Esses neurônios são responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor responsável por transmitir informações às áreas cerebrais que comandam os movimentos. 

Quais as causas da doença? 

Fatores genéticos devem ser considerados, principalmente em casos precoces (antes dos 50 anos), que são raros. Nos pacientes mais velhos existe predisposição genética envolvida, mas muitos fatores ambientais e de estilo de vida parecem ser mais importantes.

Quantas pessoas atinge?

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com mais de 65 anos tem a doença. Somente no Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema. Estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100 mil habitantes.

Existe cura?

A cura ainda não foi alcançada, mas há estudos experimentais sobre o tratamento com células tronco. 

Como é feito o diagnóstico?

A doença pode iniciar entre 10 e 15 anos antes dos sintomas se evidenciarem. Quem apresenta tremores deve procurar ajuda médica, pois eles também podem ser causados por outros motivos e por efeito colateral de alguns medicamentos.

O diagnóstico é feito basicamente pelo exame neurológico e avaliação do histórico do paciente. Alguns exames como a cintilografia cerebral com marcador do transportador de dopamina e a ultrassonografia da substância negra podem auxiliar no diagnóstico. 

Existe tratamento? 

É feito com medicamentos, com o intuito de reduzir os sintomas. Dos remédios utilizados, o mais importante é a levodopa, que repõe a dopamina nos circuitos cerebrais. Se o paciente já estiver com incapacidade funcional, pode se beneficiar de programas terapêuticos e de reabilitação. 

Há, ainda uma cirurgia chamada de Neuroestimulação Profunda do Encéfalo, em que os eletrodos são posicionados no cérebro estrategicamente, de acordo com o quadro clínico do paciente. Eles funcionam ligados em uma bateria que é colocada na mesma região que um marca-passo para o coração.

O tratamento já é utilizado em grandes centros de excelência com bons resultados, e a baterias já possuem durabilidade de até nove anos. Com mais tempo sem necessidade de manutenção, evita-se que o paciente se exponha a procedimentos cirúrgicos frequentes para ajustes no equipamento.

"A cirurgia é bastante simples e, em apenas dois dias, o paciente tem alta. Um ponto importante é que a melhora dos sintomas pode ser sentida muito rapidamente", afirma o Dr. Cláudio Corrêa, coordenador do Centro da Dor e Neurocirurgia Funcional. 

Artigo originalmente publicado em 2018 e atualizado em 2019.

Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.

Escrito por
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Corpo Clínico
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