Aproximadamente 2% da população brasileira possui artrite reumatoide, doença autoimune que causa a degeneração de tecidos musculoesqueléticos, especialmente o articular.
A rapidez no diagnóstico aliada às inovações no tratamento pode contribuir para o retardo da progressão das lesões e, por consequência, os pacientes têm melhor qualidade de vida.
Sintomas
A doença é mais comum em pessoas na faixa etária dos 30 aos 50 anos e o momento ideal para o início do tratamento é quando os primeiros sintomas começam a surgir.
A artrite reumatoide é caracterizada por dor e inchaço das articulações (em especial nas mãos), que são associados à rigidez, principalmente pela manhã. Além desses, é importante atentar para sintomas mais gerais como cansaço, indisposição e até mesmo febre.
Riscos
Além do risco de evolução para deformidades articulares e prejuízo funcional, os pacientes acometidos por artrite reumatoide têm mais propensão a desenvolver doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
O pronto manejo da doença aliado ao cuidado de outros fatores de risco cardiovasculares como diabetes, problemas de colesterol e triglicerídeos e hipertensão devem fazer parte da rotina destes pacientes.
Tratamento
Nos últimos anos, com a chegada de alguns medicamentos, conseguimos ter um leque maior de opções terapêuticas, que incluem medicações modificadoras de doença.
O alvo do tratamento é a remissão clínica, ou seja, um estado em que se considera a doença paralisada ou de evolução muito lenta. Entre os imunobiológicos existem opções de uso por via endovenosa e subcutânea e, recentemente, foi introduzido no país um novo medicamento que atua na sinalização inflamatória dentro da célula, oferecendo mais que um novo mecanismo de ação, uma nova opção para aqueles pacientes que não respondem completamente às outras terapias.
A fisioterapia e a terapia ocupacional são parte importante da reabilitação e existem casos em que se indica cirurgia para alinhamento da articulação. Apesar de todas as opções de tratamento disponíveis, nem sempre é possível retornar ao estágio inicial, de pleno movimento. É por isso que consideramos fundamental o diagnóstico precoce, pois, a partir dele conseguiremos mudar o curso da doença e trazer mais qualidade à vida dos pacientes.
Dr. Nilton Salles é reumatologista do Hospital 9 de Julho
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