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Oncologia

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Anticoncepcional pode diminuir risco de câncer de endométrio

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Dra. Isabela Correa Barboza - Ginecologista Atualizado em 28/10/2015

Cuidar da saúde do endométrio com o uso de pílula anticoncepcional é uma boa sugestão para quem deseja engravidar. Pareceu contraditório? Calma que vamos explicar.

Realmente, a pílula anticoncepcional é um contraceptivo e impede, na grande maioria das vezes, a gravidez. Porém, o cuidado prévio do sistema reprodutor feminino é necessário para o bom desenvolvimento de uma gestação saudável.

Em muitos casos, a utilização do contraceptivo oral ajuda a diminuir os riscos de desenvolvimento do câncer do endométrio e de outras doenças que atacam o sistema reprodutor feminino.

Embora assintomático na maior parte dos casos, este tipo de câncer é mais comum do que se imagina. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de novos casos da doença no Brasil em 2014 foi de 5.900 para cada 100 mil mulheres.

Para quem não sabe, o endométrio tem papel fundamental na fertilidade. Ele é a camada interna do útero responsável pelo alojamento do embrião após a fecundação. Por isso, é tão importante que ele esteja saudável para conceber uma gravidez.

Já o uso de contraceptivos orais combinados são grandes aliados no controle de doenças como a síndrome de ovários policísticos, a endometriose e o próprio câncer de endométrio. De acordo com um recente artigo publicado na revista científica “The Lancet”, a proteção causada pelos anticoncepcionais aumenta conforme o tempo de uso, sendo que os efeitos podem ser conferidos até 30 anos após o término do uso da pílula.

Equilíbrio hormonal

Outro benefício da pílula é regular a produção de hormônios. Quando em excesso no organismo, o estrogênio (hormônio feminino) pode causar o câncer endometrial. Isso acontece porque, quanto maior o contato da mulher com o hormônio sem a devida oposição com a progesterona (hormônio feminino produzido pelo ovário), maior as chances de as células cancerígenas se propagarem no endométrio – e maior também a chance de se desenvolver a doença. Desta forma, o equilíbrio no funcionamento desses dois hormônios é essencial para a boa saúde feminina.

Como todo medicamento, a pílula anticoncepcional apresenta reações adversas e o uso indevido pode trazer problemas à saúde. Por isso, converse com seu médico e peça orientação sobre o uso de contraceptivos. Ele é o único que pode recomendar (ou não) a utilização da melhor opção de prevenção a problemas de saúde.

Dra. Isabela Barboza, ginecologista da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho

 

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Dra. Isabela Correa Barboza

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