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Saiba mais sobre a fibromialgia, doença que atinge quase 7 milhões de brasileiros

 

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A fibromialgia é uma doença crônica que provavelmente decorre de uma disfunção do sistema nervoso central, mais especificamente do sistema supressor da dor, que causa dor intensa e alterações sensitivas em praticamente todo o corpo, sobretudo nos músculos, nas fáscias, nos ligamentos e nos tendões. Pacientes fibromiálgicos podem apresentar distúrbios do sono, fadiga e cansaço, sintomas que são agravados pelo cansaço físico e/ou mental, pelo frio e pelas mudanças nas condições climáticas.

As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas pela comunidade científica, mas acredita-se que a disfunção do sistema supressor de dor possa decorrer de uma predisposição hereditária. A taxa dessa doença na população em geral varia de 2% a 8%, de acordo com diferentes estudos – apenas no Brasil são quase 7 milhões de pessoas afetadas –, e ela é mais recorrente no sexo feminino: são dez mulheres afetadas para cada homem. No blog de hoje trazemos mais detalhes sobre o tema.

Quais são os sintomas da fibromialgia?

Os primeiros sinais da fibromialgia costumam ser uma dor que se inicia na cintura escapular ou na cintura pélvica e envolve os músculos, suas fáscias e os tendões dessas áreas (regiões dorsal e lombar) e que, gradativamente, se espalha para o resto do corpo. Esse desconforto pode variar em intensidade e costuma ser afetado por atividades físicas, clima, adequação do sono e estresse. A maioria das pessoas com fibromialgia relata que algum grau de dor está sempre presente, podendo ser, algumas vezes, mais leve ou mais intensa. Um agravamento pode ocorrer sem aviso prévio ou após a exposição a um estímulo estressante e pode durar alguns dias ou meses.

Além disso, a maioria das pessoas que sofre de fibromialgia também relata:

  • dormência, formigamento ou sensação de queimação nos músculos, tendões ou ligamentos que circundam as articulações;

  • cansaço ou sentimento de exaustão;

  • fadiga inesperada e prolongada;

  • dificuldade para dormir;

  • sono muito superficial, de má qualidade e pouco reparador;

  • transtornos de humor, tristeza, melancolia e até mesmo depressão;

  • ansiedade;​​

  • dificuldade de concentração;

  • dores de cabeça;

  • síndrome do intestino irritável (dor abdominal e problemas intestinais);

  • tonturas.

Existe prevenção para essa enfermidade?

Infelizmente, não. O Dr. Cláudio Corrêa, coordenador do Centro da Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, ressalta que não há prevenção para a fibromialgia, uma vez que essa possibilidade somente ocorrerá quando a causa da doença ficar totalmente esclarecida, o que, no momento, ainda é uma incógnita.

Quais são os 18 pontos de dor da fibromialgia?

De acordo com o especialista em dor crônica, qualquer músculo, sua fáscia, ligamento ou tendão, especialmente na região da cintura pélvica e escapular, pode ser considerado um dos 18 pontos de dor da fibromialgia.

Como tratar a fibromialgia?

O tratamento da fibromialgia é multiprofissional, ou seja, envolve neurologistas, neurocirurgiões, fisiatras, ortopedistas, anestesiologistas, reumatologistas e psiquiatras e profissionais de outras áreas, como fisioterapeutas, acupunturistas, enfermeiros, psicólogos e até mesmo dentistas. Alguns especialistas podem sugerir medicamentos que ativem o sistema supressor de dor, como anticonvulsivantes e antidepressivos, com importante efeito analgésico e capacidade de melhorar a dor crônica. Eventualmente, anti-inflamatórios e opiáceos podem fazer parte do arsenal terapêutico. Excepcionalmente, procedimentos operatórios minimamente invasivos – como rizotomias por radiofrequência nas regiões cervical e lombar e implante de reservatórios para a liberação de analgésicos – podem ser indicados nos casos de maior complexidade.

Pode haver melhora significativa se o paciente combinar os fármacos com um exercício físico regular de pouco impacto. A recomendação é que a prática seja diária, mas deve-se optar por atividades de curta duração e baixa intensidade, de preferência aeróbicas. A acupuntura também pode contribuir para o alívio dos sintomas.

Outra dica é manter um “cronograma" de sono constante, cumprindo horários para ir dormir e para acordar, até acostumar o corpo, visando atenuar os efeitos da doença que impactam a sonolência. Também deve-se evitar a exposição a situações de estresse intenso.

Como é diagnosticada a fibromialgia?

O diagnóstico de fibromialgia é muito difícil, e três fatores são responsáveis por isso. Em primeiro lugar, são diversas possibilidades de sintomas, que variam de paciente para paciente. Tais sintomas, por sua vez, são comuns a muitas outras doenças e podem passar despercebidos em alguns casos. Além disso, ainda não existem exames laboratoriais específicos para diagnosticar essa condição.

Sobre isso, o Dr. Cláudio Corrêa pontua uma visão otimista para o futuro: “A medicina é uma ciência em permanente transformação. O que hoje carece de diagnóstico exato e tratamento curativo certamente poderá mudar a qualquer momento. Pesquisas sobre várias patologias ocorrem no mundo todo para solucionar esses desafios.".

De qualquer forma, a presença de pelo menos 11 dos 18 pontos de dor explicados anteriormente pode orientar o diagnóstico de fibromialgia, mas não é mais um critério obrigatório. O médico do H9J explica ainda que uma observação cautelosa e detalhada do quadro clínico presente é fundamental por parte do profissional de saúde, que deverá excluir as outras possibilidades diagnósticas, entre elas as doenças reumatológicas. “A investigação inclui, além do exame físico, precedido de uma boa anamnese, alguns exames complementares, como eletroneuromiografia, exames de imagem (ultrassom, tomografia e/ou ressonância magnética)​ etc."

Vale destacar que o Hospital 9 de Julho conta com profissionais qualificados para diagnóstico e tratamento da síndrome fibromiálgica, ou fibromialgia, que estão aptos a realizar todos os exames pertinentes a essa doença.​

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Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.​​ 


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