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Derrame: o que o entupimento das carótidas têm a ver com isso?

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Localizadas uma em cada lado do pescoço, as artérias carótidas têm uma função fundamental no organismo: a de levar sangue e oxigênio para o cérebro. Doenças como hipertensão, teor elevado de colesterol, diabetes e tabagismo estão entre os fatores de risco que podem provocar o entupimento dessas artérias. "Os mesmos fatores de risco que para o coração podem provocar infarto, para o cérebro podem provocar o derrame. Essa é a consequência quando há entupimento das carótidas", afirma o cirurgião vascular do Hospital 9 de Julho, José Resende, acrescentando que a obstrução das carótidas também pode ser provocada, em alguns casos, por traumas ou radioterapia.

O tratamento para o entupimento das carótidas vai depender do grau de comprometimento dessas artérias. "Tudo vai depender dos sintomas que o paciente apresenta e da avaliação do estado das duas carótidas", diz Resende.  Segundo ele, em linhas gerais, pacientes assintomáticos com obstrução de até 90% em uma das artérias podem ser tratados com medicamentos.  "Já em casos em que a doença pode estar até menos avançada (com comprometimento de mais 70% de uma das carótidas), mas com sintomas como isquemia cerebral transitória ou quando a outra carótida também apresenta obstrução, pode ser necessário um tratamento invasivo", explica ele.

Esse tratamento implica na revascularização da carótida por via percutânea (com uso de cateter) ou por um procedimento que leva o nome de endarterectomia. "Diferentemente do coração, onde pode ser feita uma ponte de safena ou mamária, nas carótidas não se colocam pontes. Pela endarterectomia a artéria é aberta, limpa e depois fechada", diz Resende.

De acordo com o cardiologista, a decisão sobre qual método de tratamento para as carótidas é tomada com base nas características anatômicas dos pacientes, os riscos de complicações que eles podem oferecer. "Para um procedimento como esse é fundamental a qualidade do atendimento hospitalar. Estudos mostram que o risco de consequências graves por não operar um paciente com entupimento das carótidas é de 5%. Portanto, para a cirurgia valer a pena, a instituição de saúde deve apresentar taxas de complicações cirúrgicas menores do que 5% ou então encaminhar o paciente para centros mais especializados. O Hospital 9 de Julho conta com taxas inferiores a 5%, o que é um grande diferencial no que se refere ao tratamento das carótidas", afirma Resende.



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