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Cirurgia urológica: quais os tipos e o que esperar do procedimento?

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Sempre que acontecem mudanças na vida, em qualquer área, é natural uma ansiedade inicial. Na saúde, quando isso ocorre, a apreensão pode, num primeiro momento, causar desconforto, ao saber, por exemplo, da necessidade de passar por uma cirurgia urológica, mas logo essa sensação dará lugar ao cuidado e à retomada da confiança. 

A seguir, o Dr. Flávio Arêas, urologista do Hospital Nove de Julho, explica os principais tipos de cirurgia urológica da atualidade. 

Quais são os tipos de cirurgia urológica realizados nos centros cirúrgicos? 

A urologia é a área médica especializada no tratamento de problemas de saúde referentes ao trato urinário de homens e de mulheres. E também cuida do sistema reprodutor masculino: próstata, pênis e testículos. Por essa razão, realiza diferentes tipos de cirurgia do sistema urinário humano, como laparoscopia, vasectomia e prostatectomia, entre outras. O Dr. Flávio Arêas descreve o que são e quando elas são feitas. 

  • Laparoscopia – indicada para a retirada de tumores nos rins (total ou parcial), nos ureteres, na bexiga e na próstata e para cuidar de rins não funcionantes e estenose de JUP (ureter). Nesse tipo de cirurgia, são realizados pequenos cortes no abdome, com cerca de um centímetro, e, por meio deles, são inseridos os instrumentos cirúrgicos (câmera, pinças, tesouras e aspiradores). A vantagem é o fato de ser menos invasiva, assim como a robótica, o que permite pronta recuperação do paciente e volta mais rápida à vida cotidiana, menores taxas de sangramento e melhor precisão pelo aumento da imagem que a câmera oferece.

  • Vasectomia – esse é o procedimento de esterilização do homem, solicitado pelos que não desejam mais ter filhos. É uma cirurgia de pequena complexidade e rápida, que pode ser feita no consultório, sob anestesia local, ou no centro cirúrgico, sob sedação ou mesmo anestesia geral, para aqueles mais sensíveis à dor ou ao procedimento. São realizados dois pequenos cortes na pele para acessar e seccionar os canais condutores dos espermatozoides, em seguida, são cauterizadas suas extremidades; é possível ligar com um fio de sutura para garantir a eficiência da cirurgia.

  • Cistoscopia – um exame pouco invasivo para avaliar a existência ou não de problemas na bexiga. Por meio de um equipamento chamado cistoscópio, que possui uma câmera na ponta e é introduzido pela uretra, o médico é capaz de enxergar o interior da bexiga, podendo diagnosticar tumores e lesões benignas associadas a infecções de urina, entre outros.

  • Ressecção endoscópica da próstata (RTU de próstata, chamada pelos pacientes de raspagem) – indicada para homens com dificuldade para urinar causada por obstrução na próstata, situação que pode ocorrer em casos de crescimento benigno da próstata (HPB) ou tumor maligno de próstata (casos avançados em que a cirurgia visa apenas à melhora da qualidade de vida). Ela é realizada por meio da visualização da próstata pela uretra.

  • Biópsia de próstata – a biópsia é realizada com sedação e é indicada para a confirmação ou não da existência de tumor maligno, por meio da retirada de pequenas partes da próstata, que serão analisadas posteriormente em laboratório.

  • Prostatectomia radical – cirurgia realizada com intenção de cura em casos de câncer de próstata. É um dos tratamentos mais eficientes. Nesse procedimento é feita a retirada total da próstata, das vesículas seminais e dos linfonodos pélvicos (para melhor estadiamento da doença).

  • Postectomia – é a retirada do prepúcio, a pele que cobre a glande (cabeça) do pênis, porque causa algum estrangulamento – gerando dor, principalmente quando ereto – ou pela dificuldade em higienizar a região, o que pode provocar mau cheiro, infecções urinárias ou da própria pele (balanites).

  • Cauterização de verrugas genitais – causadas geralmente pelo HPV, são lesões de aspecto verrucoide – trata-se de uma infecção sexualmente transmissível (IST).

  • ​Cálculos urinários – com certeza, os campeões das urgências e emergências de todos os hospitais: os cálculos urinários. Eles podem ser formados nos rins e estão relacionados, principalmente, com uma hidratação deficiente, fatores de herança genética, dieta baseada em alimentos ricos em sódio (sal), como embutidos e enlatados, por exemplo, e proteínas (excesso de carne vermelha). Existem muitas maneiras e vias para a retirada de cálculos renais, a mais comum é por meio de uma cirurgia sem corte, a litotripsia intracorpórea, em que se introduz, pela uretra, um aparelho com uma câmera na ponta para localizar o cálculo, que pode ser retirado com uma cestinha ou fragmentado com laser; é também uma cirurgia minimamente invasiva, na qual o paciente fica, em média, 24 horas internado e, geralmente, sai sem o cálculo que lhe causou tanta dor.

 

Como é feita a cirurgia de retirada da próstata?

O Dr. Flávio Arêas explica que a extirpação da próstata é indicada para homens com câncer de próstata quando a doença é localizada e sem metástases. Ela pode ser feita de três maneiras: aberta, por corte; convencional, por videolaparoscopia; ou por robótica. “Todas elas primam pela retirada total da próstata, das vesículas seminais e de alguns gânglios da região pélvica. A próstata é removida depois de ser dissecada e de ser solta de seus órgãos vizinhos: bexiga, uretra bulbar e reto, tomando-se muito cuidado com a dissecção dos feixes que cuidam da ereção e da região onde é localizado o esfíncter urinário. Depois desse processo, anastomosamos (suturamos) a bexiga e a uretra no lugar onde a próstata ficava, como que para restabelecer a conexão de um encanamento, por exemplo."

Urologia e cirurgia robótica

A urologia é uma especialidade médica que se beneficiou muito com a cirurgia robótica. Isso porque a região da próstata é um local de difícil acesso, na qual passam muitas estruturas de funções importantes e bastante delicadas como o esfíncter urinário e o feixe que conduz a ereção.

Na cirurgia robótica urológica, as vantagens são muitas: melhor visualização – a câmera do robô permite enxergar as estruturas com um aumento de 15 vezes, em média, o que promove maior precisão para a realização da cirurgia –, apresenta menores taxas de sangramento, de riscos de sequelas e taxas de infecção e, consequentemente, o paciente desfruta de um melhor pós-operatório, o que colabora para que ele volte à vida normal mais rapidamente.

O Hospital Nove de Julho possui um Centro de Cirurgia Robótica de alta performance, que conta com dois modelos de plataforma (Robô Si e Xi) e também é um dos maiores centros de treinamento nessa técnica. É a instituição onde mais se realizam cirurgias robóticas no Brasil.

Segundo o Dr. Flávio Arêas: “Quando se trata de urologia × cirurgia robótica, as cirurgias mais frequentes são: prostatectomia radical (câncer de próstata​; nefrectomia parcial ou total (tumores renais); cistectomias radicais (câncer de bexiga); ureterectomias (tumores de ureter); linfadenectomias (retirada de gânglios acometidos por tumores ou estadiamento). Nas cirurgias benignas, temos a nefrectomia simples – para casos de rins exclusos – e a pieloplastia – para a correção de deformidades do ureter."

“Nos casos de endometriose pélvica, usamos essa plataforma no auxílio aos ginecologistas quando a mulher é acometida por endometriose em órgãos urológicos: bexiga e ureteres, via de regra", explica o especialista.

 

O​ Hospital Nove de Julho sempre alia tecnologia e inovação e conta com sua equipe multidisciplinar e assistencial para promover o melhor atendimento e cuidado para o bem-estar do paciente.​

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