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ASCO 2021: Tumores do Sistema Nervoso Central

A Dra. Caroline Chaul destaca os principais estudos sobre tumores do Sistema Nervoso Central apresentados no congresso

​​​A Dra. Caroline Chaul traz as novidades sobre tratamento dos tumores de sistema nervoso central apresentados no congresso. Confira:

Qualidade de vida - vivendo com o câncer cerebral 

O ASCO trouxe para nós a oportunidade de discutir a qualidade de vida dos nossos pacientes. Na sessão educacional, referente aos tumores de SNC, a apresentação que abordou as disfunções cognitivas decorrentes da doença e do tratamento reforçou a necessidade de avaliações regulares de cognição por equipe multidisciplinar.

Na detecção de declínio cognitivo, a reabilitação cognitiva e medicações podem ajudar muito a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, foi a atividade física regular o ponto de maior enfoque por demonstrar ganhos cognitivos mais importantes e sustentáveis.

Imunoterapia para gliomas

O benefício de Imunoterapia em Gliomas de alto grau recorrente ainda é incerto. Em pacientes com Glioblastoma recorrente, foi avaliado o uso de Nivolumabe, um inibidor de anti-PD1 (Imunoterapia), combinado a duas diferentes doses de Bevacizumabe. Independente da dose utilizada do Bevacizumabe, o uso de Nivolumabe não demonstrou ganhos significativos de SG ou SLP quando comparado aos dados históricos de uso de Bevacizumabe isolado. 

Otimizando o tratamento de glioma de alto grau

A dúvida sobre o tempo de adjuvância com Temozolamida no tratamento dos glioblastomas sempre foi motivo de discussão. Um estudo espanhol tentou responder essa pergunta comparando o uso de 6 ciclos adjuvantes versus 12 ciclos. Independente do status de metilação do MGMT, não houve diferença em relação a sobrevida global ou sobrevida livre de progressão entre os dois grupos de pacientes.

Otimizando o tratamento do glioma de baixo grau

Gliomas IDH mutados muitas vezes recorrem como alto grau, mas continuam a manter a expressão de mutação de IDH. Para esse grupo de pacientes, o uso de inibidores de PARP pode ser uma opção terapêutica. Em um estudo fase 2, esses pacientes foram submetidos ao uso de Olaparibe, um inibidor de PARP, em monoterapia. No entanto, comparando aos dados históricos, não se observou ganho de sobrevida global ou sobrevida livre de progressão maior. 

Personalizando o tratamento de tumores raros

Devido à dificuldade em englobar tumores raros em estudos robustos, devido à baixa incidência, o sequenciamento desses tumores propicia identificação de mutações para as quais já existem medicações direcionadas, com efeitos demonstrados em outras neoplasias.

O benefício do uso de medicações, nesse cenário, ficou bem demonstrado em 2 estudos direcionados a esses tumores. O primeiro, que englobou pacientes com craniofaringioma BRAF mutado, mostrou ganho de sobrevida global e respostas significativas com uso de inibidores de MEK e BRAF (até 98% de resposta). O segundo, com adultos portadores de neuroblastoma, demonstrou ação dos inibidores de ALK nos tumores com mutação dessa via.​​​

​Vídeos

A Dra. Caroline traz informações sobre tratamento de doenças neurocognitivas. De acordo com os especialistas, atividades físicas têm efeito ainda mais duradouro do que as medicações. Confira no vídeo abaixo:

 


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