O câncer colorretal é considerado muito comum no Brasil: excluindo os cânceres de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente no país.
Em geral, a doença tem boas chances de cura, especialmente se diagnosticada de maneira precoce. No entanto, muitas vezes os pacientes não apresentam sintomas nos estágios iniciais – daí a importância de manter o rastreamento em dia.
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O que é câncer colorretal?
O câncer colorretal é uma anomalia das células que pode surgir no cólon ou no reto, que fazem parte do intestino grosso. Essa condição também é chamada de câncer de intestino ou câncer de cólon e reto.
Basicamente, em um processo que pode demorar vários anos, as células vão adquirindo mutações genéticas que as permitem crescer descontroladamente e invadir a parede do intestino e outros órgãos.
Ou seja, células que antes tinham funcionamento normal e compunham um tecido saudável passam a apresentar anormalidades, originando assim um tumor maligno.
O que pode causar o câncer colorretal?
As causas do câncer colorretal são multifatoriais. O desenvolvimento desse tumor consiste na somatória de predisposição genética (familiar ou não) e de fatores ambientais (sobretudo relacionados à alimentação).
Cabe ressaltar que não existe um alimento específico causador do câncer de intestino. Embora se saiba que determinados alimentos têm maior impacto no risco de câncer, o mais relevante é o padrão da dieta como um todo, e não o consumo esporádico de um ou outro alimento.
Fatores de risco
Os fatores de risco para câncer de cólon e reto são:
- Idade (quanto mais velho o indivíduo, maior o risco);
- Padrões alimentares não saudáveis;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Doenças inflamatórias intestinais (como doença de Crohn e retocolite ulcerativa);
- Síndromes genéticas.
Também é pertinente esclarecer que padrões alimentares não saudáveis são caracterizados por:
- Poucos vegetais, frutas e verduras;
- Consumo exagerado de carnes vermelhas;
- Alta ingestão de ultraprocessados (alimentos congelados, industrializados ou oriundos de várias manipulações químicas, a exemplo do presunto, do salame e da mortadela).
Quais são os sintomas de câncer no intestino?
Nos estágios iniciais, o câncer de intestino costuma ser assintomático. Por isso, muitas vezes as lesões passam despercebidas pelo indivíduo até que seja realizado um exame de colonoscopia.
Já nos quadros avançados, o câncer colorretal tende a gerar diferentes sintomas conforme a localização do tumor. No caso dos cânceres do cólon direito, pode ocorrer anemia, dor local e diarreia.
No caso dos cânceres do cólon esquerdo, do reto médio e do reto baixo, é mais comum haver obstruções intestinais que, por sua vez, causam cólica, presença de sangue nas evacuações e fezes afiladas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de câncer colorretal é realizado por meio da colonoscopia, o exame padrão-ouro para esse objetivo. O procedimento possibilita a visualização do intestino a partir de um tubo flexível com câmera, que é inserido no organismo via oral.
Outros recursos, como tomografias de abdômen e exames de marcadores tumorais, podem auxiliar o médico no diagnóstico. A confirmação, porém, é feita a partir da colonoscopia, que viabiliza a biópsia do tumor.
Como é feito o tratamento?
O tratamento do câncer colorretal varia conforme o estágio da doença. Tumores muito precoces podem ser tratados até mesmo durante a colonoscopia, por meio de uma técnica minimamente invasiva chamada mucosectomia, cujo objetivo é remover as lesões suspeitas.
Nos quadros mais avançados, o tratamento padrão é cirúrgico. Também pode ser necessário fazer um tratamento complementar com quimioterapia ou radioterapia, a depender do que for encontrado na cirurgia.
Em situações nas quais o câncer já comprometeu outros órgãos, opta-se pelo tratamento sistêmico. Isso significa que são utilizados medicamentos como os quimioterápicos, os imunoterápicos e os anticorpos monoclonais.
Câncer colorretal tem cura?
As chances de cura do câncer de cólon e reto são, em geral, boas. Quanto mais precoce é o diagnóstico, melhores tendem a ser os desfechos.
Para tumores detectados em fases muito iniciais, por exemplo, as chances de cura chegam a aproximadamente 90% ou 95%.
Qual é a importância dos exames preventivos?
Muitos pólipos colorretais podem passar despercebidos devido à ausência de sintomas. Pólipos são pequenas lesões benignas em formato de “bolinha" que podem ou não se transformar em lesões malignas. Por isso, é importante removê-los quando são identificados – e a melhor forma de detecção é a colonoscopia preventiva.
De forma geral, todas as pessoas a partir de 45 anos devem realizar a colonoscopia. Essa é a orientação de entidades como a Sociedade Americana de Oncologia Clínica. De acordo com o resultado do exame, o médico orienta o indivíduo a repeti-lo a cada um, três ou cinco anos.
A colonoscopia, portanto, ajuda a prevenir o câncer colorretal (retirando eventuais pólipos) e a detectá-lo precocemente (caso a lesão maligna já tenha se desenvolvido).
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Como prevenir o câncer colorretal?
Para diminuir o risco de desenvolver câncer de cólon e reto, é fundamental aderir a hábitos de vida saudáveis e ter acompanhamento médico que propicie o controle de eventuais pólipos intestinais.
Especificamente quanto aos hábitos alimentares, é recomendável privilegiar frutas, vegetais, legumes e cereais, enquanto o consumo de proteínas de origem animal, óleos e gorduras deve ser moderado. Também é benéfico abolir os ultraprocessados e as carnes embutidas, se possível. Este é um tipo de dieta que diminui as agressões ao intestino, fazendo com que o órgão envelheça com mais saúde.
Em resumo, as medidas que contribuem para a prevenção do câncer de intestino são:
- Adotar um padrão alimentar saudável;
- Controlar o peso;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Evitar o consumo de tabaco;
- Manter o acompanhamento médico de rotina e realizar colonoscopia quando indicado.
Além disso, é fundamental manter suas consultas e exames em dia.
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