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Trauma raquimedular: o que é, quais são as consequências e o qual é o tratamento indicado?

O trauma raquimedular manifesta diversos sintomas de acordo com a gravidade da condição e a região que foi atingida.

​​​​​Você sabe o que é um trauma raquimedular? É uma lesão que afeta a região da medula espinhal e pode prejudicar o funcionamento da parte motora e sensorial do corpo. Essa lesão acontece de forma completa ou parcial: na primeira, com perda total das funções motora e sensitiva e, na segunda, com o comprometimento de uma parte dessas funções.

 

As causas mais comuns que podem provocar o trauma raquimedular são os eventos de trânsito, as quedas, os ferimentos por arma de fogo e os mergulhos em águas rasas. A assistência médica imediata e especializada é fundamental para evitar danos maiores ou para o correto acompanhamento do acidentado, garantindo melhor qualidade de vida do paciente após a lesão. 

 

O Dr. Renato Poggetti, coordenador do Centro de Trauma do Hospital Nove de Julho, explica o que é o trauma raquimedular e fala de suas principais causas.

 

Trauma raquimedular: o que é?

De acordo com o Dr. Renato Poggetti, o trauma raquimedular é uma lesão ​que afeta a medula espinhal e pode provocar danos neurológicos, entre os quais estão as funções sensitivas e motoras. Essa lesão acontece, n​a maior parte dos casos, em pessoas do sexo masculino, na faixa etária entre 15 e 40 anos. 

 

Quais são os sintomas do trauma raquimedular?

O trauma raquimedular manifesta diversos sintomas de acordo com a gravidade da condição e a região que foi atingida. Os resultados dessa lesão podem ser paraplegia, que afeta parte do tronco e os membros inferiores, ou tetraplegia, quando atinge o corpo todo do pescoço para baixo. Conheça os principais sintomas:

 

▪ perda do controle das funções do intestino e da bexiga;

▪ mudança ou perda da sensibilidade em relação à dor, ao toque, ao calor ou ao frio;

▪ comprometimento da função sexual;

▪ perda dos movimentos;

▪ sensação de formigamento ou dor;

▪ dificuldade para respirar;

▪ espasmos musculares;

▪ reflexos exacerbados.

 

Quais são as causas do trauma raquimedular?​​

As causas mais comuns que levam ao trauma raquimedular são ocorrências como quedas de lugares altos, mergulho em águas rasas, lesões provocadas por armas de fogo e colisões automobilísticas ou motociclísticas. Nesses episódios, há a possibilidade de danos na medula espinhal, dos quais o paciente pode se recuperar de forma completa (lesão transitória) ou então ficar paralisado de forma permanente no nível abaixo da lesão (transecção completa).

 

Quando procurar ajuda médica?​​​

O atendimento médico deve ser imediato depois do acontecimento de um evento que possa ter originado o trauma raquimedular. É importante evitar mover a pessoa e deve-se ligar o mais rápido possível para a emergência médica.

 

Quais podem ser as consequências do trauma raquimedular?​​

Os riscos em relação ao trauma raquimedular são as complicações neurológicas, que afetam os nervos periféricos, as raízes nervosas e a medula. As principais consequências fisiológicas são:

 

▪ lesão por pressão;

▪ choque medular;

▪ choque neurogênico;

▪ mudanças psicossociais;

▪ infecções;

▪ trombose venosa profunda;

▪ disreflexia autônoma;

▪ disfunção na bexiga e no intestino;

▪ espasticidade;

▪ pneumonias.

 

Como diagnosticar o traumatismo raquimedular?​​​​

O diagnóstico do traumatismo raquimedular é feito depois da avaliação da ocorrência da lesão na medula espinhal e de sua gravidade. Para isso, muitas vezes pode ser indicada uma radiografia para detectar alterações nas vértebras, fraturas ou outras ocorrências na coluna. Outro exame recomendado pode ser a tomografia computadorizada, a fim de analisar as alterações que foram vistas, ou não, nas radiografias ou então uma ressonância magnética, para detectar outras condições que podem estar pressionando a medula.

 

Qual o tratamento indicado para o traumatismo raquimedular?​​

Embora não seja possível reverter uma lesão da medula espinhal, é possível evitar a piora do quadro. Para isso, pode ser sugerida, em alguns casos, cirurgia para a retirada de corpos estranhos e fragmentos. 

 

Além disso, é preciso contar com uma equipe multidisciplinar com enfermeiro, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, neurocirurgião e ortopedista, entre outros. O tratamento será voltado para a adaptação do paciente, bem como para evitar o agravamento das lesões e promover mais qualidade de vida.

 

Centro de Trauma do Hospital Nove de Julho​

O Centro de Trauma do Hospital Nove de Julho conta com infraestrutura completa de pronto-socorro, centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva (UTI), centro de diagnóstico por imagem e banco de sangue, com apoio de laboratório e profissionais especializados.

 

O centro dispõe de equipe multidisciplinar pronta para tratar traumas penetrantes (por armas de fogo, armas brancas, estiletes e lesões abertas) e traumas contusos (eventos de trânsito, colisão de automóveis, motocicletas e bicicletas, atropelamentos, acidentes de trabalho, quedas de alturas elevadas, explosões, queimaduras e agressões).

 

Para mais informações, acesse Centro de Trauma do Hospital Nove de Julho .
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