Sofrer ou ser testemunha de um evento traumático como um assalto, sequestro, tortura, violência sexual, acidentes ou catástrofes naturais pode causar perturbações psíquicas como o chamado Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Quem sofre com esse transtorno – que pode acometer crianças e adultos – tem a sensação de reviver de forma muito forte os eventos que provocaram o trauma. Mais do que recordar as imagens, o indivíduo costuma experimentar novamente as sensações e o sofrimento vividos, como se ele estivesse acontecendo de novo. Esse tipo de recordação recebe o nome de revivescência e costuma provocar alterações neurofisiológicas e mentais.
Durante a revivescência, o paciente tem memórias involuntárias e repentinas do trauma e chega a se sentir como se o evento estivesse prestes a ocorrer novamente, podendo inclusive se comportar como isso fosse real. Nessas ocasiões costumam ocorrer flashbacks ou alucinações. Muitos pacientes apresentam pesadelos frequentes sobre o trauma e consideram insuportável estar novamente no local onde aconteceram os fatos. É comum que a pessoa passe a evitar todo tipo de pessoas, conversas ou objetos que possam ser associados com o assunto. Mas há casos também em que o trauma leva o paciente a apagar da memória as lembranças ruins.
Os sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático costumam persistir por mais de um mês e também incluem insônia, isolamento social, irritabilidade, dificuldade de se concentrar e de sentir alguns tipos de emoções. Dores de cabeça, problemas intestinais, queda das defesas imunológicas e dores no peito são outros desconfortos que podem estar presentes.
O diagnóstico é feito por meio de análise clínica pelos profissionais de Saúde Mental e o tratamento pode incluir psicoterapia e uso de medicamentos ansiolíticos.
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