O câncer de intestino (colorretal) é o terceiro mais incidente no Brasil, atrás do câncer de próstata e de mama, excluindo-se o de pele não melanoma. Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta 34,3 mil novos casos este ano. A boa notícia é que se for diagnosticado precocemente e tratado corretamente as chances de cura superam os 60%.
São considerados fatores de risco para o câncer de intestino idade acima de 50 anos, dieta com alto teor de gordura e baixo teor de fibras, obesidade, sedentarismo e tabagismo . Pessoas que possuem histórico da doença ou casos de pólipos intestinais na família precisam ficar mais atentas.
O câncer colorretal em fase inicial não costuma ter sintomas, o que torna ainda mais importante o acompanhamento médico. Em fase mais avançada, ele pode causar sangramento que pode ser evidenciado nas fezes, dores abdominais, fraqueza, anemia, entre outros. A Dra. Mariana Laloni, oncologista e coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, destaca a importância da realização de exames para detecção precoce da doença. "O câncer de intestino, quando diagnosticado precocemente, pode ter cura", afirma a médica.
Diagnóstico
A colonoscopia é o exame indicado para o diagnóstico do câncer de intestino. Ele consiste na introdução de um tubo flexível no intestino que permite visualizar o órgão por dentro. Este exame também pode ser considerado um exame preventivo, pois quando são visualizados pólipos (lesões benignas), estes podem ser retirados. A ressecção é importante porque na maioria das vezes o tumor maligno se origina desses pólipos.
O câncer colorretal geralmente não apresenta sintomas em estágio inicial. Por isso, é ainda mais importante acompanhamento médico e a realização do exame de colonoscopia quando indicado. A periodicidade do exame é definida pelo médico dependendo da idade e dos fatores de risco e também a partir do que foi encontrado na realização da primeira colonoscopia.
Fatores de risco
O câncer de intestino está intimamente ligado ao estilo de vida. Sabe-se que uma dieta rica em gorduras e em embutidos, pobre em fibras e além disso o sedentarismo podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Evite consumir carne vermelha e embutidos em excesso;
Inclua fibras como verduras e frutas em sua alimentação diária;
Faça exercícios regularmente;
Não fume;
Evite o excesso de bebidas alcoólicas;
Consulte um médico regularmente, principalmente se tem casos de tumores na família
Faça exames periodicamente, principalmente após os 50 anos.
Tratamento
A Dra. Mariana lembra que o tratamento é multidisciplinar, levando em conta a apresentação da doença e sua extensão observadas nos exames de estadiamento – sequência de exames realizados para o mapeamento do paciente e da doença , além do tipo de tumor. A cirurgia é normalmente o primeiro tratamento, quando a doença esta localizada ou provoca obstruções intestinais. A quimioterapia é utilizada como complemento do tratamento cirúrgico em alguns casos bem como a radioterapia em neoplasias de reto – parte final do intestino. No estadiamento são incluídos exames físicos, de laboratório, radiografias, tomografias, ressonância magnética e o PET/CT.
Agendamento
Para marcar consultas e exames, ligue para 11 3147-9430.