O Transplante de Medula Óssea é um tratamento para doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. O coordenador de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital 9 de Julho, Celso Massumoto, explica que o transplante é uma forma de imunoterapia que elimina as células antigas, doentes, para que a medula receba as novas, com menor risco de rejeição.
Veja aqui o Passo a passo para se tornar um doador
Ter entre 18 e 55 anos de idade.
E não apresentar doença infecciosa, neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros localizados em todos os estados do país. O cadastro do doador é inscrito no banco de medula óssea, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que é o órgão responsável por procurar doadores compatíveis entre as pessoas cadastradas no Brasil e no exterior.
O doador precisa assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), e preencher uma ficha com informações pessoais. Uma pequena quantidade de sangue (10ml) do candidato a doador será retirado para análise. Este teste irá identificar suas características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade.
Os seus dados pessoais e o tipo de HLA serão incluídos no REDOME.
Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados.
Para seguir com o processo de doação serão necessários outros exames para confirmar a compatibilidade e uma avaliação clínica de saúde.
Somente após todas estas etapas concluídas o doador poderá ser considerado apto e realizar a doação.
O transplante de medula óssea pode beneficiar o tratamento de cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. O fator que mais dificulta a realização do procedimento é a falta de doador compatível, já que as chances de o paciente encontrar um doador compatível são de 1 em cada 100 mil pessoas, em média.
Pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas). Outras doenças, não tão frequentes, também podem ser tratadas com transplante de medula, como as mielodisplasias, doenças do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumores.
Não. A medula óssea do doador pode ser coletada por via óssea ou venosa. Quando coletada por via óssea, o doador é anestesiado e não sente nenhuma dor. Por via venosa ocorre apenas a punção da veia e a inserção de uma agulha ligada a um equipamento de aférese (processadora celular).
Não há um limite, pois, a medula se regenera após 15 dias, intervalo que é dado entre um procedimento e outro.
A medula óssea está presente em todos os ossos. Mas os ossos esterno, da tíbia e da bacia concentram a maior quantidade no organismo.
A recuperação é rápida e alguns já retomam suas atividades normais no dia seguinte. No entanto, os médicos recomendam três dias de repouso. A doação é prevista em lei e o doador pode se ausentar do trabalho no dia da doação sem prejuízo profissional.
O Hospital 9 de Julho é uma das instituições cadastradas para realizar vários tipos de transplante: Autólogo (paciente recebe sua própria medula); Alogênico (paciente recebe a medula de um doador aparentado ou não); Singênico (medula de um gemelar geneticamente idêntico) e faz, inclusive, o transplante haploidêntico, feito quando os doadores não são totalmente compatíveis.
O Hospital conta com duas Unidades de Onco-Hematologia específicas para o tratamento destes pacientes, construídas com conceito inovador baseado nas boas práticas internacionais.
O Serviço de Hemoterapia do Hospital 9 de Julho adota critérios rigorosos de acordo com as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No caso da medula óssea, o Serviço de Hemoterapia faz coletas por aférese (que colhe o sangue da veia do doador e separa as células-tronco) para transplantes autólogos ou alogênicos. Quando a medula vem do REDOME, o Serviço no 9 de Julho somente a recebe e infunde (aplica) no paciente, não participando da coleta.
Serviço de Hemoterapia: Rua Peixoto Gomide, 613/ Telefones: (11) 3285 – 2922 / (11) 3147 – 9797.
O Hospital 9 de Julho realiza o Transplante de Medula Óssea e possui duas Unidades exclusivas de Onco-Hematologia Adulta e Pediátrica para o tratamento de lifomas, leucemia mieloide aguda e crônica, leucemia infocítica aguda e crônica, Doença de Hodgkin, mieloma múltiplo e outras. Em 2019, o Programa de Cuidados Clínicos na área de Transplante de Medula Óssea (TMO) foi certificado pela Joint Commission International (JCI), maior instituição de qualidade em saúde do planeta, única instituição com este selo.
Artigo originalmente publicado em 2017 e atualizado em 2019.
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